Reprodução/ Facebook Willian Garcia Souza
Reprodução/ Facebook Willian Garcia Souza| Foto:

Essa é uma daquelas histórias que parece mais com um roteiro de filme. Um sobrinho que nunca conheceu o tio, mas sempre ouvia histórias sobre seu desaparecimento, de repente recebe em seu celular a foto de um senhor que em muito se assemelha ao que ele via em fotos. Pois bem, foi isso que aconteceu com Willian Garcia de Souza Correa e seu tio José Elias de Souza Correa, no início do mês.

Quando seu Zé desapareceu, há 30 anos, de Martinópolis, em São Paulo, Willian nem tinha nascido ainda. Aos 27 anos, a única coisa que ele sabia do tio, era a possível motivação para ele ter ido embora e se afastado da família. “Meu tio trabalhava em uma fazenda aqui em Martinópolis e precisou fazer uma viagem. Quando ele voltou alguns moradores disseram que o patrão dele, o Benício, tinha morrido”, contou Willian ao Sempre Família.

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Só que quando o seu Zé foi até a fazenda para saber como a mulher de Benício estava, acabou encontrando o próprio e se assustou. “Ele chegou lá e deu de cara com o patrão. Então ele não falou nada e sumiu. Ele fazia algumas confusões na cabeça e acho que ficou assustado com o que viu e foi embora ”, disse. Depois daquilo, nunca mais ninguém viu o seu Zé. “Eles eram amigos e a brincadeira deve ter chateado ele”.

Triste com toda a situação, Benício prometeu na época, ao pai de Willian, que se alguém soubesse do paradeiro do seu Zé, ele iria junto para busca-lo. Mas acabou que o pai e Willian morreu sem encontrar o irmão perdido. E Willian só soube da promessa feita por Benício, quando a foto de Zé começou a circular pelo WhatsApp dos moradores de Martinópolis.

Um pedido de ajuda

Acontece que há 350 quilômetros dali, em Barra Bonita, também em São Paulo, seu Zé, agora com 70 anos, contou a um homem que estava em um bar, que gostaria de reencontrar sua família em Martinópolis. O homem fez uma foto, gravou um áudio e começou a repassar no intuito de que a mensagem chegasse a alguém na cidade. E ela chegou. “Vi a foto no WhatsApp e com o áudio falando que ele era um senhor perdido em Barra Bonita e que morava na rua. Chamei o Benício e ele reconheceu meu tio”, diz Willian.

Mas para chegar até a localização exata do tio, Willian se valeu mais uma vez das redes sociais. Ele colocou imagens do tio no Facebook e fez o caminho inverso, pedindo que agora alguém entrasse em contato com ele. “Dois dias depois, o Marcelo Barata me procurou e disse que ajudava meu tio às vezes e sabia que ele estava num barracão abandonado”.

Reprodução/ Facebook Willian Garcia Souza Reprodução/ Facebook Willian Garcia Souza

No Dia de Finados, Willian e Benício então foram até Barra Bonita e o reencontro aconteceu. “Ele estava sujo e dormindo em um lugar horrível. Quando me apresentei ele não sabia quem eu era, mas falei do meu pai e ele ficou feliz”, lembrou o jovem. Depois de comprovar o parentesco, Willian voltou para casa com seu Zé.

Os dois estão morando juntos desde então, na casa da Willian. “Ano passado eu e minha irmã terminamos de construir a casa que o pai tinha deixado. Agora o tio fica no meu quarto e eu durmo em outro cômodo. Ele tem roupas limpas e está comendo bem”, finaliza o jovem.

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