| Foto: Facebook/Vanlam Nguyen
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No último dia 26 de janeiro, o restaurante J. Wilson’s, que fica no Texas, Estados Unidos, abriu suas portas uma hora e 15 minutos mais cedo que o habitual para receber uma cliente para lá de especial: a pequena Adelaide Stanley, de apenas três anos.

Diagnosticada em 1º de julho do ano passado – dia de seu aniversário – com leucemia linfoblástica aguda, uma forma rara de câncer, a menina não pode frequentar lugares lotados, como restaurantes, por estar com seu sistema imunológico fraco. “Um simples resfriado comum a colocaria no hospital”, contou a mãe Vanlam Nguyen em entrevista ao Good Morning America.

Desde o diagnóstico, a casa em que mora com sua família em Beaumont, no Texas, e o hospital onde faz as quimioterapias são os únicos ambientes que a pequena Adelaide pode frequentar sem que seus pais se preocupem.

Só que no mês passado, enquanto seu pai, Jordan Stanley, dirigia o carro durante o trajeto casa-hospital, Adelaide viu pela janela a placa de seu restaurante favorito e perguntou: “Papai, podemos ir nesse restaurante hoje?”. A resposta foi mais difícil para os pais do que para a menina. “Ele começou a chorar e disse: ‘Quando você melhorar e não estiver mais doente, poderemos ir comer’”, lembrou a mãe.

Depois do pedido de Adelaide, uma amiga da família decidiu procurar pelo dono do restaurante, John Wilson. Comovido com a história, o empresário não hesitou em procurar uma solução para realizar o desejo da menina.

Além de abrir o restaurante bem mais cedo para poder receber a família Stanley, a equipe do J. Wilson’s preparou o prato preferido de Adelaide – ovos mexidos, bacon e biscoitos caseiros –, fez uma limpeza rigorosa em todo o ambiente e, ainda, decorou a mesa reservada para a família com a cor preferida de Adelaide: rosa.

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Adelaide Stanley com seus pais e irmãs no restaurante J. Wilson's no último dia 26 de janeiro. | Foto: Facebook/Vanlam Nguyen

“Eles costumavam almoçar sempre aqui antes dela ser diagnosticada com leucemia. Só que estavam em confinamento praticamente desde julho”, contou Wilson ao Good Morning America. “Ver o sorriso dela, apenas porque pudemos dar a ela um pouco de normalidade foi ótimo. É algo que nos traz muita satisfação”. Wilson ainda fez questão de deixar a família ainda mais emocionada: a despesa do café da manhã foi “por conta da casa”.

Adelaide, seus pais e suas irmãs, Zoë, de 11 anos, e Alice, de um, tiveram uma manhã inesquecível. Em entrevista ao jornal KVUE, a mãe afirmou que, mesmo que Adelaide permaneça isolada, essa memória a ajudará muito no tratamento. “O bonito sobre as crianças é que, quando elas sorriem, é genuíno. Estou muito agradecida e amo este lugar”, disse Vanlam, que ainda contou que, após o café de manhã no restaurante, Adelaide perguntou se poderia voltar no dia seguinte.

Segundo a mãe, em dois meses, a pequena entrará no chamado período de manutenção, o que significa que ela poderá começar a sair mais vezes em público. Para os médicos, a expectativa é de que em setembro de 2021 Adelaide esteja curada.

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