Reprodução/YouTube| Foto:

O papa Francisco está oferecendo passeios até o litoral para os sem-teto que não tem condições de aproveitar as férias de verão na Itália. Cerca de cem pessoas em situação de rua já foram levadas em viagens para o litoral, seguidas de um jantar em uma pizzaria na volta a Roma.

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O esmoleiro pontifício, Konrad Krajewski, é o responsável pelo projeto e participa da maioria das viagens. Geralmente, o esquema do passeio é o seguinte: o próprio monsenhor Krajewski dirige uma van com cerca de dez sem-teto até Passo Oscuro, uma praia a 34 km da capital italiana, onde eles podem entrar na água e tomar sol. Krajewski, ou “padre Conrado”, como o chamam, faz tudo junto com eles.

Krajewski diz que os passeios refletem o “desejo de normalidade” que todos têm, ainda que vivam em condições precárias. O esmoleiro conta que tudo é pago a partir do fundo de caridade do papa, o Óbolo de S. Pedro, e os convidados ganham um traje de banho e toalhas, além do jantar na pizzaria.

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“Usando uma van, acompanho grupos de dez a onze sem-teto para ir dar uma nadada”, diz o monsenhor polonês. “Somos um grupo muito inusual, porque quem vive nas ruas geralmente tem o rosto bem escuro devido ao sol, mas o corpo é branco como leite”, conta Krajewski.

Os cerca de cem sem-teto que já participaram do passeio têm origens diversas. “Ontem foram comigo dois albaneses, um afegão, um ucraniano, um georgiano, um indiano e três italianos”, relata o esmoleiro. “Durante o passeio, cantamos, ouvindo o rádio. Para esses nossos irmãos necessitados, habituados a viver na precariedade, são ocasiões que ficam na memória e dão a possibilidade de se sentir como todas as outras pessoas. Mais de um deles me reencontrou depois disso e perguntou: ‘Padre, quando você vai me levar para a praia de volta?’”

“Sempre concluímos o passeio em uma pizzaria, como muitas pessoas fazem nas férias. Certamente, não estamos salvando o mundo com essas iniciativas nem resolvendo os problemas dos moradores de rua de Roma, mas pelo menos estamos restaurando um pouco da sua dignidade”, afirma ele.

 

Com informações de Christian Today e Vatican Insider.

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Colaborou: Felipe Koller.