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A jovem Abril Despenza completou 15 anos em setembro – e, é claro, precisou escolher o seu par para dançar a valsa de debutante. Mas o convidado principal não foi o seu pai, e sim – com todo o apoio do pai – Enrique Pereyra, o pai de Ayelén, uma bebê que morreu com um ano e meio de idade em um acidente e cujo coração bate hoje no peito de Abril.

Em 2004, quando tinha 16 meses, a jovem argentina quase morreu depois de contrair um vírus que inutilizou seu coração, fazendo com que ela precisasse de um transplante. O caso comoveu o país – até o então presidente argentino, Nestor Kirchner, falecido em 2010, pediu um doador para a menina.

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O que a salvou foi a decisão de Pereyra, que perdeu a esposa e duas filhas em um acidente e decidiu doar o coraçãozinho de Ayelén. O transplante, um caso sem precedentes na Argentina, devido à diferença de grupo sanguíneo entre a doadora e a receptora, aconteceu no Hospital de Pediatria Garrahan e levou duas horas e meia.

Abril e seu pai, Sergio, convidaram Pereyra para a valsa cinco minutos antes de começar a festa, para que ele não recusasse – mas a ideia já vinha sendo gestada há meses. “Ele me disse: ‘Esse é o seu lugar’ e eu respondi ‘Nós dois somos os pais de Abril’”, disse Sergio ao jornal Clarín. “Então é uma honra”, concordou Pereyra. O cirurgião que chefiou a operação, Horacio Vogelfang, também estava na festa, bem como Ginés González García, ministro da Saúde na época do transplante, que acompanhou o caso.

 

Com informações de Clarín.

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