Reconhecer pacificamente que alguém é imperfeito e às vezes faz coisas erradas injeta um realismo saudável nos relacionamentos. Além disso, o cônjuge ofendido pelas palavras ou ações do outro tende a estar mais predisposto a perdoá-lo se perceber que não é arrogante.
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Essa é a conclusão de três pesquisadores da Universidade de Michigan, que veem na humildade uma qualidade que facilita a vida familiar. Eles contam isso em um artigo publicado no The Conversation.
Os autores não entram em grandes dissertações para definir humildade. Para os propósitos deste estudo, eles a entendem como “a capacidade de avaliar com precisão os próprios erros e limitações, sem negar boas qualidades e pontos fortes”. A humildade é o oposto da arrogância e nos conscientiza de que a realidade é imperfeita e, ao mesmo tempo, permite-nos identificar áreas de melhoria.
Em seu estudo, os pesquisadores queriam ver se existe uma correlação entre humildade e perdão. Para isso entrevistaram 284 casais: cada um tinha que dizer se considerava-se humilde, se considerava o parceiro ou cônjuge humilde, e se provavelmente perdoaria o parceiro quando ele fizesse algo que o magoou.
Eles concluíram que aqueles que percebem seu parceiro como humilde são mais propensos a perdoá-lo quando ele faz algo que lhes causa dor. Por outro lado, muitos daqueles que consideram o outro arrogante – porque raramente admitem seus erros – têm mais dificuldade em desculpá-los.
Na era do namoro online, a humildade pode não ser uma das qualidades mais chamativas. Uma boa foto sempre ficará melhor no perfil de um aplicativo do que um esclarecimento do tipo "tenho virtudes, mas também defeitos".
No entanto, os autores do estudo são claros em seus conselhos: "a capacidade de perdoar é tão importante porque a dor é uma parte inevitável de qualquer relacionamento. Você pode dizer algo que não queria dizer, ser inconscientemente imprudente ou esquecer uma data importante. Então, ao procurar um parceiro, provavelmente é uma boa ideia encontrar alguém que reconheça que cometer erros faz parte do ser humano."
©2022 Aceprensa. Publicado com permissão. Original em espanhol.