reprodução/YouTube| Foto:

No Brasil, existem numerosas instituições que acolhem crianças à espera de adoção. A Comunidade Católica Jesus Menino, porém, não é uma delas: os membros da comunidade, de fato, adotam as crianças – e justamente aquelas que raramente são acolhidas em uma família: bebês abandonados com deficiência ou com sequelas de abortos malsucedidos.

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Fundada em Petrópolis, no Rio de Janeiro, a comunidade acolhe e adota crianças nessa condição há 26 anos. “Somos pai e mãe. Não é uma instituição clínica, nem orfanato, nem creche, nem nenhum instituto. É um grande sítio, com muitas famílias”, diz o fundador, Antônio Carlos Tavares de Mello, conhecido como Tônio. A história foi contada no 1º Simpósio Nacional Juntos Pela Vida, na Canção Nova.

Na origem da comunidade, está a inquietação de Tônio em relação aos bebês deficientes, que esperavam uma adoção que nunca chegaria. “Comecei a interrogar a Deus: ‘Como pode a sociedade abandonar teus filhos, a Igreja abandonar teus filhos? Ninguém vê essas crianças sofrendo?’ E ouvi de Deus, de forma muito clara: ‘Larga tua vida, deixa tudo e cuida deles’”, conta Tônio, que considera aquele momento como a sua “primeira gestação”.

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Depois dessa experiência, Tônio adotou quatro meninos que viviam em uma instituição em que ele trabalhava e foi viver em uma casa de três cômodos, cuidando deles. “Eu só queria fundar uma casinha e cuidar de quatro crianças”, diz Tônio. Segundo ele, o próprio papa Francisco, quando ouviu a história, lhe respondeu: “Você pensou assim, mas o Espírito Santo pensou diferente e levou essa obra para onde ele quis levar”.

Ela “abortou”, mas continuou grávida

Hoje, a comunidade tem cinco membros consagrados e 38 filhos – muitos deles já rapazes e moças crescidos. A maioria deles são deficientes devido a sequelas de aborto. Foi essa constatação que, seis anos atrás, levou a comunidade a reservar uma das casas especificamente para adotar bebês deficientes vindos de gravidezes indesejadas. Muitas associações pró-vida já acolhiam grávidas que desistiam do aborto, mas o destino dos bebês deficientes ainda era incerto.

Agora, a comunidade também trabalha na edificação de uma casa para gestantes, com recursos providos pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre. A comunidade recebe doações de alimentos, material de higiene, limpeza, roupas. É possível ajudar também através de depósito bancário. Duas contas estão disponíveis: uma no Banco do Brasil, agência 0080-9, conta-corrente 200245-0; e outra no Banco Bradesco, agência 0401-4, conta-corrente 60947-1.

Assista a uma reportagem da TV Canção Nova sobre a iniciativa:

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