Valorizamos mais o tempo quando percebemos que ele é escasso. Várias linhas de pensamento, do budismo ao cristianismo, dizem que, para valorizar o seu tempo, é preciso contemplar o fato de que você vai morrer um dia e, por isso, o tempo é finito.
Há quem ache que esta questão é um tanto quanto mórbida e preferem não pensar sobre a própria mortalidade. Essas pessoas fazem de tudo para pensar que o seu tempo é infinito. Porém, bens infinitos têm pouco valor. É só quando lutamos para respirar que aprendemos a valorizar o ar e em períodos de seca aprendemos a valorizar a chuva.
O tempo é limitado
Ter a consciência e enxergar de forma concreta que o tempo passa e é finito encoraja a examinar bem como estamos gastando nosso tempo. Eu quero realmente gastar estes minutos preciosos em um joguinho do celular pela centésima vez ou vagando sem rumo pelo feed do Facebook e Instagram? Ou é melhor usar esse tempo para conversar com a minha mulher ou filhos, aprender algo novo ou ajudar a gerar a mudança que quero ser no mundo? Às vezes, nós só queremos mesmo só passear pela internet. Mas é bom resetar a nossa perspectiva e focar no que importa.
25 minutos
Uma tática simples para melhor aproveitar seu tempo é esta: colocar um alarme para daqui a 25 minutos, com a contagem regressiva à vista, e durante esse tempo focar exclusivamente em uma tarefa, até que o alarme soe. Depois, tire cinco minutos de folga e repita o processo.
Quando der vontade de checar o Facebook, uma página de notícias na internet ou aparecer alguma notificação em seu celular (e o melhor é desativá-las), você vai lembrar que você tem cinco minutinhos no fim desse período para fazer esse tipo de coisa e vai focar melhor no seu trabalho.
Revisite os passos dados ao longo do dia
É importante também revisar como foi o dia. Malcolm Gladwell popularizou a ideia de que são necessárias 10 mil horas para se tornar um perito em algo. No entanto, não são apenas 10 mil horas fazendo algo. Há muitos administradores que já passaram muito mais do que esse tempo gerenciando algo e ainda mostram pouco progresso.
Gladwell se referia a 10 mil horas de prática deliberada, ou seja, estar conscientemente atento ao que você tem feito, revisando como você fez e ajustando o seu comportamento com base no que você aprende. É custoso fazer isso, mas é necessário.
A melhor maneira para começar é escrever no fim do dia um pequeno resumo das atividades. Você pode se guiar por questões como:
– Houve momentos no dia em que você perdeu a calma ou falou sem pensar?
– O que o impediu de ser produtivo hoje e o que você pode mudar?
– Houve interações que você faria de modo diferente se pudesse voltar atrás?
– O quanto você ouviu e perguntou hoje, em vez de só falar e afirmar coisas?
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