Foto: Arquivo pessoal/Verotides Jorge Teixeira| Foto:

“Está provado que ainda tem muita gente boa por aí!”, afirma o vendedor de ferro velho Verotides Jorge Teixeira. Com 54 anos, o mineiro já reformou quase 100 cadeiras de roda para pessoas de baixa renda nos arredores do município de Conselheiro Lafaiete e decidiu divulgar seu trabalho para encontrar novos voluntários e expandir o atendimento. “Foi mito bom! Logo depois da matéria da Gazeta do Povo, recebi algumas doações e até ganhei uma cabine de jateamento que custa quase R$ 10 mil e vai me ajudar muito!”, comemora.

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Segundo ele, a nova máquina facilitará o conserto dos equipamentos e garantirá uma pintura de qualidade aos itens recuperados. “Será bem mais rápido e também poderei fazer outros serviços para manter o projeto funcionando”, afirma. “Não sei nem como agradecer ao empresário de Curitiba que enviou esse presente”, completou.

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Com lágrimas nos olhos e voz embargada, ele conta que recebeu a notícia a respeito da doação no mesmo dia em que a reportagem foi publicada. “Esse moço entrou em contato comigo falando que me enviaria uma cabine de jateamento, mas na hora não acreditei muito”, revela. A doação do equipamento realmente aconteceu e o presente foi entregue no endereço do seu Tide – como é chamado na região – no último dia 21 de novembro. “Estou muito feliz”.

O único problema é que o aparelho precisa de um compressor no valor de R$ 4 mil para funcionar e agora o mineiro tenta arrecadar este valor para inaugurá-lo. “Vou vender adesivos para isso”, prometeu Verotides, que até já mandou fazer os autocolantes e começou a distribui-los pelas lojas da cidade. “Aí, quem quiser ajudar, compra uma unidade por R$ 2 e, aos poucos, a gente consegue”.

E o trabalho continua!

Além de adquirir o compressor, o seu Tide ainda conta com apoio de voluntários para construir uma cobertura na parte externa de sua residência, onde cerca de 60 cadeiras de roda danificadas aguardam reforma. “Já comprei vários materiais com doações que recebi e paguei alguns rapazes para começarem o trabalho, mas não temos o valor todo. Aí os equipamentos continuam tomando sol e chuva”, explica o vendedor de sucata, que usa boa parte de sua renda mensal para manter o trabalho voluntário e até passa dificuldades por causa disso. “Não consigo ver uma pessoa precisando e não fazer nada, então sempre tento dar um jeito com a maior alegria”.

Essa disposição faz com que o trabalho social se torne cada vez mais conhecido e novos pedidos cheguem todos os dias. “São cadeirantes daqui e de outros lugares do país que ficam sabendo das reformas e precisam dessa ajuda”, comenta Verotides, que almeja atender todos eles, em breve.

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“Como eu disse na outra reportagem, antes meu sonho era ter um sítio ou uma caminhonete algum dia, mas hoje meu maior sonho é atender essas pessoas”, diz. “E, pelo que vi até agora, sei que isso é possível e que logo vai dar certo”, garante o vendedor de sucata, que continua atendendo pelo telefone (31) 99654-1990.

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