Decidida a oferecer uma vida melhor para sua família, a venezuelana Esther Govia deixou seu país com o marido e o filho, cruzou o Brasil até o Rio Grande do Sul e enfrentou inúmeras dificuldades para recomeçar. “Foi complicado conseguir emprego e eu não tinha quem cuidasse do meu menino”, conta a mulher, que foi atendida pela Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra).
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Segundo ela, os voluntários da instituição a ajudaram com alimentos, itens de higiene e a matricularam em um curso de culinária para que aprendesse a fazer bolos e doces para vender. “No início ganhei até mesmo os ingredientes, o que me incentivou muito”, comemora. “Hoje tenho minha própria empresa”.
E ela não é a única. De acordo com o líder da Adra no Brasil, Fábio Salles, os projetos direcionados a refugiados já ajudaram mais de 60 mil pessoas desde janeiro de 2020, com o objetivo de suprir suas necessidades emergenciais e incentiva-las a participar de programas de geração de renda e emprego. “Focamos no desenvolvimento humano", afirma.
Além disso, a instituição atende áreas carentes, onde organiza projetos voltados para o bem-estar físico e psicológico dos moradores com auxílio de nutricionistas, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos. Dessa forma, “ofereceremos sustento básico e também acompanhamos a evolução desses beneficiários”, comenta o diretor, ao citar o exemplo da Carreta Solidária, uma unidade móvel da Adra que viaja pelo país desde 2016.
Com o slogan “amor que move”, esse caminhão adaptado com 45 metros de área útil já passou por 40 cidades brasileiras, distribuiu mais de 107 mil refeições e ofereceu assistência psicossocial e outros serviços para pessoas em situação de vulnerabilidade. Sem contar que “o fácil deslocamento proporciona resposta emergencial às vítimas de desastres”, explica a voluntária Cristiane Alejo de Freitas, emocionada ao lembrar as ações realizadas após o rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais.
Assim que ficou sabendo da tragédia no dia 25 de janeiro de 2019, ela e sua equipe viajaram para a região. Lá, cozinharam cerca de 1,5 mil refeições por turno, lavaram e secaram quase 360 quilos de roupas diariamente e trataram com carinho centenas de pessoas em sofrimento. “O que vivi ali mudou minha maneira de pensar e de sentir”, relembra.
Como ajudar?
E é por isso que ela incentiva outros voluntários a também colaborarem com os projetos da instituição. “Não tem como eu explicar o que a gente sente ao ajudar tantas pessoas, é algo que só quem passa sabe como é”, relata, ao afirmar que os projetos continuam ativos durante a pandemia de Covid-19 e contam com o apoio de milhares de doadores e também da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Segundo Fábio Salles, para ajudar é preciso entrar em contato diretamente com as atividades de cada estado ou se cadastrar no site da instituição para ser direcionado às ações mais próximas. Além disso, é possível contribuir financeiramente para que a Adra no Brasil e em outros 117 países continue ativa. “Se comprometa a doar uma pequena quantia mensalmente e você ajudará a transformar o mundo, uma vida de cada vez”, convida. “Lembrando que fazer o bem a alguém faz bem para você também”, finaliza Cristiane.