Ações de voluntariado são fundamentais para uma sociedade forte, sobretudo quando os desafios são complexos e várias lacunas permanecem em relação a uma vida digna para todas as pessoas. Se pensarmos apenas da saúde bucal, é preocupante que, segundo o último estudo do IBGE a respeito, 55% da população não ia ao dentista com regularidade – uma estatística que tudo indica que tenha com a pandemia de Covid-19. Mas iniciativas sociais apoiadas por empresas e voluntários procuram mudar esse cenário, como a Expedição Novos Sorrisos, da Neodent.
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No projeto, que já realizou mais de 5 mil atendimentos antes de passar por um hiato por conta da pandemia, uma unidade móvel com dois consultórios odontológicos leva orientação e atendimento a quem mais precisa. Agora, desde junho de volta às ruas, tendo como ponto de partida a própria comunidade vizinha às fábricas da empresa em Curitiba, a iniciativa percorre outras regiões do estado e do país, sempre com o apoio de voluntários, entre dentistas, técnicos e auxiliares de saúde bucal.
“O acesso ao consultório odontológico no Brasil ainda é muito insatisfatório. Pesquisas indicam que 22% das crianças, 9% dos adultos e 20% dos idosos nunca tiveram acesso ao dentista. Isso preocupa, porque podemos dizer com propriedade que a saúde começa pela boca e que uma boa condição bucal é essencial para o equilíbrio da saúde como um todo”, explica o dentista João Piscinini, coordenador de projetos sociais da Neodent. Justamente por isso, o voluntariado é tão importante. “Doar um pouco de tempo, conhecimento e trabalho para ajudar a construir sorrisos é algo muito gratificante”, ressalta Piscinini.
Uma experiência gratificante
Com a saúde bucal agravada na pandemia, a aposentada Jucimália Santos viu no projeto itinerante uma oportunidade para cuidar da saúde. “Tenho bruxismo e piorou na pandemia, o que fez meus dentes começarem a quebrar”, conta. A vendedora Karen Monique também elogiou o projeto. “A atenção dos profissionais aqui na Expedição é maravilhosa. Não lembro de ter sido tão bem atendida no dentista antes”, comenta. Pudera, os profissionais que atuam no projeto acolhem a oportunidade de pôr seu trabalho à disposição com um sorriso no rosto.
“Ter experiências como esta que possibilitam a aproximação com os pacientes, entender suas dificuldades e necessidades é muito bacana. Isso foi o que mais me motivou a participar da Expedição”, conta a técnica de saúde bucal Janaína Lopes, que cursa a faculdade de odontologia. Já a dentista Julliana Pires Gonçalves embarcou no projeto dentro de uma longa experiência com voluntariado.
“Minha família foi sempre muito envolvida com projetos voluntários, então estive continuamente nesse meio. Quando entrei na faculdade, resolvi ir atrás de outros projetos: entrei no Médicos de Rua e no Pró-Riso, participei de outros eventos pontuais e criei um pequeno projeto que entregava cerca de 60 marmitas para moradores de rua a cada 15 dias”, conta ela ao Sempre Família.
“Eu amo voluntariado. Acho muito bonito uma pessoa se dispor a simplesmente se doar pela outra. Sempre estive num lugar de muito privilégio, mas sei que essa não é a sorte de todo mundo, então é muito bom você se colocar no lugar do outro e pensar naquilo que ele passa todos os dias”, finaliza a dentista.