Diante de um ano tão desafiador como 2020, nada melhor do que relembrar histórias que aqueceram nosso coração nos últimos 12 meses.| Foto: Divulgação
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Fé, esperança, empatia, solidariedade. Diante de um ano tão desafiador e incerto que foi 2020, nada melhor do que parar um pouco e relembrar exemplos que aqueceram o nosso coração no decorrer dos últimos 12 meses.

São histórias inspiradoras de pessoas que, com pequenos (e grandes) gestos, mudaram a realidade do ambiente em que vivem. E nós esperamos, sinceramente, que elas possam te ajudar a começar 2021 de uma forma diferente.

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Professora percorre 70 km para atender aluno surdo

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No Espírito Santo, a professora Joyce Barcelos Barbosa se tornou exemplo de amor à profissão e ao próximo ao percorrer, por diversas vezes, 70 quilômetros para encontrar um aluno surdo e dar aulas em Libras para ele. Sem telefone e internet, o jovem de 15 anos não tinha como acompanhar as aulas online.

O percurso incluía 15 km de rodovia e mais 20 de estrada de chão e nos dias de chuva não dava para passar. O esforço foi reconhecido pela família do rapaz. “O que ela faz para vir aqui sem receber acréscimo nenhum no salário é simplesmente inacreditável. Eu fico muito, muito feliz”, diz a mãe dele.

Menino bate em carro acidentalmente e deixa pedido de desculpas

Um bilhete escrito à mão com um simples pedido de desculpas acabou virando exemplo de honestidade, em Curitiba (PR). Enquanto andava de bicicleta, Benício Esmanhoto Hoffmann, de 7 anos, bateu em um carro estacionado. “Ao ver que o carro tinha ficado riscado, ele logo se sentiu culpado e quis parar a brincadeira para resolver a situação”, narra o pai do menino.

Como eles não sabiam de quem era o carro, deixaram um recado com o contato da família. “Ele pensou: eu bati, eu estraguei e tenho que reparar o dano”, relata Marcel Weiss Hoffmann ao explicar que a postura do filho foi o que mais o comoveu.

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Depois de pedir ajuda nas redes sociais, idoso recebe encomendas de todo o Brasil

Um mutirão digital resgatou a autoestima e garantiu a sobrevivência do libanês Youssef Aoun, de 91 anos, que tem uma loja de tecidos no Centro de Guarulhos, em São Paulo. Fortemente impactado pela pandemia do novo coronavírus, ele foi para o Instagram pedir ajuda.

O objetivo era alcançar cerca de 300 seguidores para a página nos primeiros dias, mas, em menos de 24 horas, a conta já havia atingido 8 mil seguidores. “Não esperávamos essa repercussão”, conta a neta, de 20 anos, que ajudou o avó a mexer na internet e ficou surpresa com tantos pedidos que chegaram.

Amizade entre irmãos vira tema de festa de aniversário

A forte amizade com o irmão João foi o tema escolhido por Mateus Cruciol para a festinha de aniversário de 6 anos. “Foi natural e super fofo!”, narra a mãe dos meninos, Julianne. Segundo ela, eles dormem no mesmo quarto, sempre se divertem juntos, frequentam a mesma escola e diariamente demonstram carinho um pelo outro.

A festa foi simples, mas com direito à caricatura dos irmãos, quadros divertidos e itens coloridos e alegres para compor a decoração.

Comerciante faz bolo para crianças carentes

Falando em aniversário, a atitude de um comerciante de Santiago, no Chile, também merece ser lembrada. Durante a pandemia, Maurício Pérez resolveu preparar bolos e entregá-los a crianças carentes para que pudessem ter uma festinha.

A ideia surgiu depois que um vizinho lhe disse que o filho havia pintado um bolo em uma folha de papel para poder comemorar mais um ano de vida e cantar parabéns. “Aquilo me comoveu”.

Pai cruza estados de bicicleta para buscar atividades escolares dos filhos

E o que dizer do roçador que percorreu, toda semana, 28 quilômetros de bicicleta para buscar as atividades escolares dos filhos e mantê-los estudando? Edemilson Wielgocz mora em Guaratuba, no Litoral do Paraná e ia até a escola das crianças que fica no estado vizinho de Santa Catarina.

“Eu estudei muito pouco porque tive que trabalhar, mas para eles quero uma vida diferente”, afirma. “Acredito que isso tudo vai passar e que vai valer a pena. Quero ver meus filhos formados e com um bom futuro pela frente”, completa.

Bibliotecário lê livros por telefone a idosos em casas de repouso

Impedido de fazer voluntariado presencial por conta das restrições do novo coronavírus, o espanhol Juan Sobrino, que trabalha como bibliotecário, passou a ler livros por telefone para os idosos.

“Pensei nos idosos, que são os mais vulneráveis ​​à Covid-19 e que não podem sair de casa com frequência. E também naqueles que estão em lares de cuidado especial e não podem receber visitas de familiares ou amigos”, justifica.

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Menina de 8 anos aprende língua de sinais para cumprimentar entregador

Depois de descobrir que seu entregar favorito era surdo - e por isso não falava com ela - a pequena Tallullah Roberts, de 8 anos, decidiu aprender a língua dos sinais para poder se comunicar com ele.

A conversa entre os dois foi filmada pela mãe da menina, que postou o vídeo na internet e se surpreendeu com o número de compartilhamentos. “A atitude dela transformou meu dia. Fiquei muito feliz”, diz o entregador. Uma bela lição de empatia!

Atleta desiste de treinos e volta a atuar como enfermeira durante a pandemia

Durante a pandemia de Covid-19, a escocesa Vicky Wright, de 26 anos, decidiu abandonar os treinos para os Jogos Olímpicos de inverno com sua equipe de curling para se dedicar à outra paixão: salvar vidas.

A atleta, que também é enfermeira cirúrgica, voltou a atuar em tempo integral em hospitais para atender pessoas infectadas. “Quando cheguei em casa, entrei em contato com meu supervisor e disse que estava de volta para fazer o possível para ajudar”.

Empresa doa pizzas para plantonistas em hospital público

Enquanto atendiam pacientes com suspeita de infecção pelo novo coronavírus, os plantonistas do Hospital Público Municipal (HPM) de Macaé, no Rio de Janeiro, receberam uma surpresa: 12 caixas de pizzas enviadas por um restaurante da cidade e todas com mensagens de carinho escritas à mão pelos funcionários.

Segundo a empresária Fernanda de Assis, a ideia surgiu depois de ver iniciativas semelhantes em outros países e perceber como profissionais de saúde têm se colocado em risco diariamente em benefício ao próximo.