Com apenas 16 anos de idade, Guilherme Kruger Kastner já tem um plano para o futuro: cursar a faculdade de Engenharia Química e se dedicar à indústria de petróleo e gás. O gosto pela profissão surgiu logo que entrou no Ensino Médio e teve contato com matérias que até então não conhecia. “Eu sempre gostei de Matemática e, ao chegar no primeiro ano, me identifiquei também com as aulas de Química e Física. Aí procurei uma área que tivesse a ver com essas disciplinas”, conta.
Mesmo sem ter saído do colégio, Guilherme, que agora está no “terceirão”, decidiu prestar vestibular, na metade do ano, para uma instituição particular de Curitiba, cidade onde mora, e se saiu bem na prova. Agora, intensificou o ritmo para passar na Universidade Federal do Paraná (UFPR) – o grande objetivo dele. Ainda segundo o estudante, além da dedicação total aos estudos, os pais dele também têm sido fundamentais nessa fase tensa e decisiva. “Eles sempre me apoiaram e agora estão me ajudando a não perder o foco nessa reta final”, afirma.
A pedagoga Cristiane Matoski, do Colégio Santo Anjo, explica que a família tem mesmo papel essencial na vida escolar dos jovens. “Em especial na época do vestibular o apoio dos pais é indispensável. Aliás, a gente indica que desde o momento em que o aluno ingressa no Ensino Médio, a família comece a pensar, junto, quais habilidades e competências o estudante tem e qual profissão mais se encaixa nesse perfil”, comenta a especialista. Desse modo, de acordo com ela, é possível amenizar a pressão da escolha no Terceiro ano” sugere.
Foi exatamente o que a mãe de Guilherme fez desde cedo. Ao Sempre Família, a agente de viagens Patricia Kruger disse que começou a ficar atenta à rotina de estudos do filho ainda na época da educação infantil. “Esse é o resultado de algo que a gente vem plantando desde que ele era pequenininho. A rotina de estudos do Guilherme começou junto com a idade escolar”, lembra a mãe. “Ele aprendeu que não tinha que estudar só para as provas, mas um pouco por dia, e todos os dias. Isso ajudou para que a rotina de preparação nesse momento não fosse tão desgastante”.
“Quando a gente vê um estudante que tem o suporte dos pais, ele vai para o vestibular mais seguro, se dedica mais porque tem apoio para fazer aquilo que quer e fica menos disperso”
Ainda segundo Cristiane, os pais devem incentivar os filhos a estudarem, mas também prepará-los psicologicamente caso o resultado da prova não seja positivo. “Por ser um momento bem delicado, os pais têm que estar muito atentos ao emocional dos estudantes e mesclar o estudo com atividades de lazer. Também é bom já ter um plano ‘B’ caso o objetivo almejado não seja alcançado. É preciso aliviar a tensão e fazer o possível para ser um porto seguro para eles e não mais um ponto de estresse”.
Apoio familiar evidente
Larissa Walter Tavares de Aguiar, professora que atua há nove anos na preparação de alunos em cursinhos pré-vestibulares, afirma que é possível perceber, em sala de aula, quais alunos têm o apoio dos pais em casa e quais não. “Esse sentimento fica nítido principalmente com relação à segurança do aluno. Quando a gente vê um estudante que tem o suporte dos pais, ele vai para o vestibular mais seguro, se dedica mais porque tem apoio para fazer aquilo que quer e fica menos disperso, se boicota menos”. Para ela, isso mostra para a escola ou instituição de ensino que a família está sabendo cobrar o estudante “na medida certa”.
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