O Sol voltou com tudo e os cuidados com a pele, também. Ficar com a pele vermelha, ardida ou bronzeada ao se expor indica muito mais do que a necessidade de aplicar melhor o protetor da próxima vez.
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Essa resposta diante da exposição solar, de acordo com a dermatologista Vanessa Dallolmo Ottoboni, ajuda na escolha correta da maquiagem, na realização de procedimentos estéticos e também na adoção de métodos eficazes para prevenir queimaduras de sol, manchas e câncer de pele.
Segundo ela, isso acontece porque as reações à luz solar identificam o fototipo cutâneo do indivíduo, que mostra seu grau de sensibilidade à radiação ultravioleta e a capacidade que ele tem de se proteger. “Tudo baseado no fato de a pessoa se bronzear ou apresentar vermelhidão”, explica a médica, afirmando que a classificação dos fototipos é essencial para que a exposição ao sol ocorra de forma segura e traga benefícios.
“A luz solar é importante para síntese de vitamina D, para regulação da melatonina – que é o hormônio do sono – e ainda para a liberação de serotonina, aquela substância responsável pela sensação de bem-estar”, enumera. Então, “precisamos ter os devidos cuidados para aproveitar tudo isso”.
Seis tipos de pele
E é para ajudar nessa tarefa que a escala elaborada pelo norte-americano Thomas Fitzpatrick apresenta uma lista com seis tipos de pele, que inicia com indivíduos muito brancos e termina com os negros. “Lembrando que a cor dos olhos, dos cabelos, a quantidade de sardas e as reações à exposição solar prolongada também influenciam na identificação correta do seu fototipo”, pontua Vanessa, ao citar as características de cada um.
- Fototipo I - Pele Muito Branca: neste grupo estão pessoas de olhos claros e cabelos ruivos ou loiros que costumam sofrer bastante quando vão à praia. Eles sempre queimam, nunca se bronzeiam e são bem sensíveis ao sol.
- Fototipo II - Pele Branca: já no segundo grupo estão pessoas de olhos claros e que têm cabelo loiro ou levemente castanho, que sempre queimam, bronzeiam muito pouco e também são sensíveis ao sol.
- Fototipo III - Pele Morena Clara: pessoas com este fototipo geralmente apresentam olhos e cabelos castanhos, queimam e bronzeiam de forma moderada e possuem sensibilidade normal ao sol.
- Fototipo IV - Pele Morena Moderada: costumam ter olhos e cabelos escuros, queimam pouco e sempre bronzeiam. Sua sensibilidade ao sol é normal.
- Fototipo V - Pele Morena Escura: neste grupo, os indivíduos raramente apresentam queimaduras e sempre bronzeiam, pois possuem pouca sensibilidade ao sol.
- Fototipo VI - Pele Negra: por fim, pessoas de pele negra nunca queimam, têm a pele totalmente pigmentada e são insensíveis ao sol.
Todos podem ter câncer
De acordo com o médico Guilherme Augusto Gadens, do Departamento de Oncologia Cutânea da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), essa classificação é essencial para direcionar a quantidade de cuidados que cada indivíduo deve ter diante da exposição aos raios ultraviolenta, mas não isenta ninguém do uso de fatores de proteção. “Até porque pessoas negras também podem desenvolver câncer de pele”, alerta.
No entanto, as medidas devem, sim, ser redobradas pelos grupos com fototipo mais baixo, que possuem alta sensibilidade aos raios UVA e UVB e, consequentemente, maior chance de desenvolver algumas queimaduras, sofrer com manchas e de enfrentar o diagnóstico de um câncer de pele.
Por isso, o especialista indica uso de protetores solares em quantidade adequada – inclusive em dias nublados ou chuvosos – e também alternativas como uso de roupas, chapéus e óculos escuros. “E deve-se evitar a exposição excessiva entre 10 e 16 horas, lembrando sempre que o dano solar à nossa pele é acumulativo ao longo da vida”, afirma o médico da SBD, ao orientar que essas atividades iniciem ainda na infância, independentemente do fototipo da criança.