Vacina pode chegar em 2021| Foto: Bigstock
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Há pelo menos 10 candidatos à vacina contra a Covid-19 que avançam nos estudos e já testam em humanos, de acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesta quarta-feira (10), a farmacêutica Janssen, que faz parte da marca Johnson & Johnson, anunciou que logo fará parte desse seleto grupo também.

Em um comunicado, a empresa antecipou o início dos testes de Fase 1/2a, que estavam previstos para setembro, para a segunda metade de julho. Essa etapa do desenvolvimento do imunizante avaliará a segurança da vacina, a sua reatogenicidade (ou a resposta à vacinação), bem como a imunogenicidade, ou a resposta do sistema imunológico.

A substância, chamada de Ad26.COV2-S, será aplicada em 1045 adultos saudáveis, em grupos entre 18 e 55 anos, e acima dos 65 anos. Os participantes serão selecionados nos Estados Unidos e na Bélgica.

"Com base na força dos dados pré-clínicos que temos visto até o momento e nas interações com as autoridades regulatórias, nós pudemos acelerar o desenvolvimento clínico da nossa vacina contra o SARS-CoV-2 em desenvolvimento, Ad26.COV2-S, recombinante", disse Paul Stoffels, médico e vice-presidente do comitê executivo e chefe científico da Johnson & Johnson.

A vacina usa a mesma tecnologia que foi utilizada na vacina experimental contra o Ebola. Trata-se de uma combinação genética de dois materiais: um do novo coronavírus e outro de um vírus modificado do tipo adenovírus, causador conhecido de resfriados.

O objetivo é oferecer ao sistema imunológico ferramentas para que, quando o corpo entrar em contato com o novo coronavírus, saiba responder de forma adequada, protegendo a pessoa do desenvolvimento da doença.

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Vacinas em desenvolvimento

De acordo com a revista científica Nature, até o momento a vacina contra a Covid-19 mais avançada em estudos é a AZD1222, desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, em parceira com a farmacêutica AstraZeneca.

Por enquanto, a vacina passa por testes de fase 2b/3 e avalia 10 mil voluntários, no Reino Unido. Um teste clínico com 30 mil voluntários está previsto para começar no verão nos Estados Unidos. A vacina, que é um vetor viral não replicante, foi modificada pela engenharia para carregar a proteína spike do vírus Sars-Cov-2. A expectativa é que a vacina treine o sistema imunológico para gerar anticorpos neutralizantes contra essa proteína spike, que é usada pelo vírus para entrar nas células humanas.

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