Pesquisadores nos Estados Unidos indicaram que é muito improvável a transmissão do novo coronavírus por alimentos ou por embalagens. O comunicado conjunto foi feito pela FDA (Food and Drugs Administration) e pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Essa é uma boa notícia diante da pandemia de Covid-19 que já provocou quase 2,5 milhões de mortes no mundo, segundo dados da Universidade de Johns Hopkins do dia 22 de fevereiro.
"Os consumidores podem ter a tranquilidade de que continuamos a acreditar, com base em nosso entendimento das informações científicas confiáveis atualmente disponíveis e apoiados em um consenso científico internacional, que os alimentos consumidos e as suas embalagens têm mínima probabilidade de espalhar a Sars-CoV-2", afirmou a FDA, em comunicado da comissária Janet Woodcock.
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Vias de transmissão
O texto lembra que a "Covid-19 é uma doença respiratória transmitida de pessoa para pessoa, diferentemente dos vírus transmitidos por alimentos ou gastrointestinais, como o norovírus e a hepatite A, que costumam deixar as pessoas doentes por meio de alimentos contaminados".
Por isso, a FDA argumenta que "dado que o número de partículas de vírus que teoricamente poderiam ser captadas tocando uma superfície seria muito pequeno e a quantidade necessária para infecção por inalação oral seria muito alta, as chances de infecção ao tocar a superfície da embalagem de alimentos ou comer alimentos são consideradas extremamente baixas".
Tanto FDA quanto USDA fizeram essa atualização baseados em um consenso científico internacional que garante que o risco de contaminação por alimentos ou suas embalagens é extremamente baixo. "Considerando os mais de 100 milhões de casos de Covid-19, não vimos evidências epidemiológicas de alimentos ou embalagens de alimentos como a fonte de transmissão da Sars-CoV-2 para humanos", afirmou o comunicado.