Febre, tosse e dores: quais os sintomas do novo coronavírus?
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Segundo dados desta quarta-feira (11) da Organização Mundial da Saúde (OMS), são 4.291 mortes por coronavírus em todo o mundo, além de 118 mil casos confirmados, em 114 países. A Organização Mundial de Saúde declarou hoje também o estado de Pandemia no mundo em relação à doença. Por este motivo, fique de olho em sinais e sintomas da condição, bem como o tratamento e como se prevenir.

Confira abaixo as principais informações sobre a doença, de acordo com dados do Ministério da Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Centro para Controle de Doenças norte-americano (CDC):

O que se sabe sobre o coronavírus?

Quando se fala em coronavírus, é comum pensar apenas nos casos mais recentes, que surgiram no fim de 2019 na China e, desde então, têm se espalhado por diversos países do mundo, chegando inclusive ao Brasil.

No entanto, o termo coronavírus, conforme dados do Ministério da Saúde, representa uma família de vírus que causam infecções respiratórias que vão de leves a moderadas.

No caso do novo coronavírus, o agente recebeu o nome de SARS-CoV-2, e a doença causada por esse agente específico foi denominada de COVID-19.

Não se sabe até o momento qual é a gravidade dessa nova doença, mas dados iniciais indicam uma mortalidade menor que outros tipos de coronavírus, como o SARS-CoV (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e MERS-CoV (Síndrome Respiratória do Oriente Médio).

Sintomas

Por se tratar de uma doença nova, não se sabe também a totalidade dos sintomas que o novo coronavírus pode manifestar. Mas os principais sinais conhecidos até o momento incluem:

  • Febre;
  • Tosse;
  • Dificuldade para respirar.

Esses sintomas se assemelham ao resfriado comum. No primeiro caso confirmado da doença no Brasil, o paciente (um homem de 61 anos que viajou à Itália, país com casos crescentes da doença) apresentou ainda tosse seca e dor de garganta.

De acordo com dados do CDC, órgão norte-americano, os sintomas tendem a aparecer entre dois a 14 dias depois da exposição à pessoas contaminadas.

Transmissão

Até o momento, especula-se que a doença seja transmitida de pessoa para pessoa, em contato próximo (cerca de um metro de distância) e via as gotículas respiratórias. Ao espirrar ou tossir próximo de alguém, por exemplo, haveria o risco de contaminação.

Dados do órgão norte-americano de controle das doenças indicam que seria possível a transmissão do COVID-19 por meio do contato com superfícies ou objetos contaminados com o vírus. O risco existiria se a pessoa levasse a mão contaminada à boca, nariz ou aos olhos. Essa, porém, não tem sido a forma mais comum de transmissão da doença.

Pessoas contaminadas com a doença tendem a contagiar mais quando desenvolvem os sintomas, ainda de acordo com o CDC. Ainda assim, o contágio pode ocorrer antes que os sintomas apareçam.

De acordo com o Ministério da Saúde, os coronavírus têm, em média, uma transmissão menos intensa que o vírus da gripe. Já o período médio em que a pessoa se sente doente é de cinco dias, embora possa chegar a 12 dias.

Tratamento

Não há, até o momento, nenhum medicamento que combata à infecção viral. Embora haja estudos, não há também nenhuma vacina que previna.

Em caso de suspeita do novo coronavírus, procure ajuda médica para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento.

É indicado, nesse caso, repouso e hidratação, além de alívio dos sintomas com o uso de medicamentos para dor e febre, como antitérmicos e analgésicos ou uso de humidificador no quarto, banho quente para alívio da dor de garganta e da tosse.

Pacientes que receberem alta nos primeiros sete dias depois do início dos sintomas devem estar atentos para a possibilidade de piora tardia. Devem ainda procurar ajuda médica caso a febre reapareça ou tenha uma elevação na temperatura da febre, ou sinais respiratórios, além de taquicardia, dor no peito, fadiga ou cansaço e falta de ar.

Mortalidade do novo coronavírus

Com base nos dados dos 72 mil casos do novo coronavírus na China, tanto os confirmados quanto os suspeitos e os assintomáticos, pesquisadores do país perceberam que a taxa de letalidade da doença cresce conforme o avanço da idade.

Assim, pessoas com 80 anos ou mais tem uma taxa de mortalidade de 14,8%. Entre os idosos mais jovens, com 70 a 79 anos, o valor cai para 8%.

Entre os 60 e 69 anos, 3,6% dos doentes morreram; 50 a 59 anos, 1,3%; 40 e 49 anos, 0,4%. Dos adultos entre os 30 e 39 anos, o valor é de 0,2%, assim como para as faixas entre 20 e 29 anos e 10 a 19 anos. Entre as crianças de 0 a 9 anos, não houve fatalidades até o momento.

O mesmo estudo, publicado no periódico científico de Epidemiologia da China, mostrou que na diferença por sexo, os homens tiveram maior risco de morrer pela doença que as mulheres – embora seja uma diferença pequena. Entre eles, o risco é de 2,8% e entre elas 1,7%.

Doenças associadas

Pacientes com outras doenças, como doenças cardiovasculares, diabetes e outras doenças crônicas respiratórias, também têm o risco aumentado para a mortalidade pelo COVID-19.

Entre os pacientes com doenças cardiovasculares, porém, a ameaça é maior, de 10,5% no risco de letalidade. Entre os diabéticos, o risco é de 7,3%. Já as pessoas com doenças crônicas respiratória, 6,3%. Os hipertensos têm um risco de 6% e pacientes oncológicos têm uma ameaça de 5,6%.

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