Entre os trends que já estão despontando com a pandemia e devem ganhar ainda mais fôlego com o arrefecimento da doença, as diversas modalidades do ciclismo sção uma tendência que conquistou o coração das pessoas.
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“Pedalar no asfalto, na estrada ou em trilhas, ou fazer tudo junto caiu no gosto de muita gente, por ser uma atividade que mantém distanciamento entre praticantes e permite que se desloque a locais mais afastados e diferentes dos habituais com um esforço menor (se comparado com a corrida, por exemplo)”, cita o personal trainer Caluê Papcke, professor do curso de Educação Física da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), onde é mestre e doutorando em Tecnologia em Saúde.
Se andar de bicicleta é uma atividade divertida e extremamente benéfica para adultos e crianças, o uso dela também envolve riscos, que devem ser reduzidos com medidas de segurança que não podem ser deixadas de lado. Isso porque dados de 2016 do Ministério da Saúde indicavam que 2.455 crianças, de zero a 14 anos de idade, foram hospitalizadas por acidentes envolvendo bicicleta, e destas 64 morreram em decorrência do acidente. Nos Estados Unidos, entre todas as mortes por acidentes com bicicleta, 64% delas decorrem de traumatismo craniano.
Proteção na cabeça
Por ser uma área sensível e muito vulnerável em acidentes de bicicleta, a cabeça deve levar sempre um capacete. Segundo Edina Koga, que é doutora em pediatria e ciências aplicadas à pediatria pela Unifesp, uma revisão da Colaboração Cochrane, organização internacional que promove o cuidado da saúde baseado em evidências científica, concluiu que o uso de capacete reduz o risco de trauma cerebral em 88%.
"No Brasil, o uso de capacetes por ciclistas não é obrigatório por lei, mas apesar disso, pais e cuidadores de crianças devem adotar essa proteção", diz ela em comunicado publicado pelo Instituto Pensi, do qual é assessora científica. "Em países que adotam legislação de uso obrigatório de capacetes para ciclistas de todas as idades há um declínio da ocorrência de trauma craniano", diz ela.
A pediatra indica que, seja qual for o modelo do capacete a ser adquirido, que ele tenha o selo de aprovação do Inmetro. "O capacete deve estar corretamente ajustado, ficando centrado na parte superior da cabeça e a tira de segurança deve ser ajustada de forma que fique firme, mas não apertada. O capacete não deve mexer para frente, para trás ou para os lados", explica Edina.