Exercícios de força foram deixados de lado no isolamento causado pela pandemia do novo coronavírus. Isso aconteceu porque muitos não têm ou academia em casa, ou os aparelhos coretos para fazê-los. Para não ficar parada, teve gente que optou por caminhadas, treinamentos mais leves pela internet e, ainda, muitos que simplesmente ficaram sem treinar.
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Quando as academias reabriram, muitos não retornaram para evitar o contato com outras pessoas, mesmo com as normas rígidas adotadas por elas para evitar a contaminação. Um dos prejuízos de parar totalmente com treinos de força, segundo a médica Márcia Simões, da Eden Clinic, pode ser observado na perda da massa magra, visualmente notada na perda do tônus muscular. “Se a pessoa nota a perda de roupas, medidas e peso em excesso e rapidamente, isso já pode ser considerado um sinal de alerta”, afirma ela.
A perda de massa magra ocorre porque nosso organismo luta pela sobrevivência, explica a especialista. “A célula muscular gasta muita energia do corpo, por este motivo o organismo só a mantém se existir uma real necessidade, sinalizada pelo estímulo causado pelo exercício”.
Rotina alterada
Ter uma massa magra reduzida afeta nossa rotina, pois pode sobrecarregar outras estruturas do corpo, como ossos e articulações. Isso ocorre pois quando tudo está alinhado, o peso fica mais distribuído e a chance de lesões ao longo da vida é bem menor. “E quanto mais musculatura temos, mais sobe o nosso consumo calórico diário, o que para quem deseja emagrecer também é algo muito interessante”, afirma ela. Alimentos que ajudam a compor a massa magra são principalmente as proteínas encontradas em carnes e ovos.
Recuperação
Para quem está parado há meses, a hora certa de tentar recuperar a massa magra é agora. Estimular a musculatura o quanto antes é melhor. “Para quem já treina há anos, a volta é mais fácil, pois terá uma semana de dores musculares, que logo passa e o corpo se acostuma novamente aos treinos”, diz Márcia.
Em idades diferentes essa massa magra se comporta também de um jeito diferente, pois, segundo Márcia, quanto mais velho ficamos, a produção hormonal se reduz, interferindo no ganho de musculatura. “O ideal é buscar sempre uma evolução na composição corporal, levando seu corpo para um padrão mais saudável, com mais musculatura e menos acúmulo de gordura”, diz ela.