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Dos casos confirmados no Brasil do novo coronavírus, ou Covid-19 como a doença é conhecida, a recomendação dos médicos especialistas tem sido para que o paciente se recupere em casa.

A medida reforça os dados percebidos em outros países de que, para a maior parte das pessoas infectadas, a doença tenha sintomas mais brandos - embora entre o público idoso e de pacientes com doenças crônicas, o risco de complicações aumente.

O isolamento domiciliar ou a quarentena em casa não significa que a pessoa está liberada para ter uma rotina comum, e alguns cuidados devem ser tomados para evitar que o vírus se dissemine aos familiares.

"O que temos orientado é que a pessoa procure ficar em um ambiente sozinho. Ou, se ele estiver em um ambiente da casa que precise dividir com outras pessoas, que mantenha uma distância de 1,5 metro a dois metros", explica Sonia Raboni, médica infectologista e chefe do serviço de Infectologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC/UFPR).

Ainda, a especialista reforça outras recomendações às pessoas com sintomas ou diagnosticadas com o Covid-19, como:

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  • Não compartilhar talheres com outros membros da família;
  • Não compartilhar produtos de higiene pessoal;
  • Cuidado redobrado quando for tossir ou espirrar, promovendo a etiqueta da tosse/do espirro;
  • Descartar o material de higiene pessoal no lixo;
  • Lavar as mãos;
  • Não segurar crianças no colo;
  • Evitar contatos muito próximos, como beijos e abraços;
  • Permanecer em casa.

"A pessoa está em quarentena, mas acaba indo para o shopping. Isso não pode. Ela deve, realmente, ficar em casa e se tiver um ambiente em que possa ficar sozinho, dormir sem ninguém por perto, é melhor, porque protege outros da família", completa a médica infectologista.

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Tempo em casa

As medidas acima listadas, além de manter uma hidratação e alimentação adequadas, são suficientes para uma recuperação do Covid-19 na maior parte dos casos, segundo Sonia Raboni, médica infectologista.

"É o suficiente para se recuperar, mas deve-se orientar que a pessoa fique 14 dias, pelo menos. Caso nesse período a pessoa tenha mais um sinal de alarme, como febre alta, falta de ar, confusão mental, hipotensão, então deve-se buscar atendimento médico", reforça.

Sair de máscara

A pessoa com sintomas, ou com o diagnóstico do novo coronavírus, que precisar sair de casa, para uma consulta médica, por exemplo, deve fazer uso da máscara ou de lenços descartáveis.

O item não é recomendado a toda a população, mas em casos específicos, como profissionais da saúde e pacientes com sintomas, é uma medida válida de contenção do vírus.

"Colocar a máscara nesse caso é indicado porque ela pode pegar um transporte público e vai entrar em contato com outras pessoas no hospital, com outras doenças. Então é importante chegar a esse local usando a máscara e avisar na triagem os sintomas para serem identificados como casos suspeitos", reforça a médica infectologista.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]