No peeling, podem ser usados diversos ácidos, como o retinóico, salicílico, tricloroacético, fenol, entre outros.
No peeling, podem ser usados diversos ácidos, como o retinóico, salicílico, tricloroacético, fenol, entre outros.| Foto: Bigstock

O peeling químico é um dos procedimentos estéticos mais buscados e consiste na aplicação, na superfície da pele, de um ou vários ácidos misturados, como o retinóico, salicílico, tricloroacético e fenol. O tratamento vai de superficial a profundo, com aumento dos riscos quanto mais profundamente é aplicado.

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Confira para quais objetivos é indicado o peeling químico, para quem é contraindicado e efeitos adversos possíveis, com informações das médicas dermatologistas Paula Schiavon, presidente da regional paranaense da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Francine Belinetti, professora do curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

Peeling químico

Consiste na aplicação de um ou vários ácidos na pele com o objetivo de causar um “dano” e estimular um processo de regeneração. Podem ser usados diversos ácidos, como o retinóico, salicílico, tricloroacético, fenol, entre outros.

O peeling pode ser superficial, médio e profundo, a depender do ácido usado e a profundidade que atinge. “Os superficiais são indicados para melhora da textura da pele, acne, melasma e prevenção do envelhecimento; os médios, para manchas senis, rugas e cicatrizes de acne; e os profundos, para rugas profundas”, diz Paula.

Além do tipo de ácido, sua concentração, tempo de exposição e o número de camadas aplicadas faz com que o peeling resulte em “danos” diferentes. “Quanto mais profundo o “dano”, maiores a descamação, o tempo de recuperação e também os riscos”, explica Francine.

Para quem é contraindicado 

Como os objetivos a serem atingidos variam desde a melhora de manchas e o controle da acne até o tratamento de rugas finas e de lesões pré-neoplásicas, não há como falar em contraindicações de forma objetiva e generalizada, diz Francine.

Mas é possível, de acordo com Paula, apontar algumas situações mais específicas nas quais o procedimento é contraindicado: para gestantes, pacientes com alergia a algum componente do peeling, história de quelóide e alguns tipos de manchas.

Efeitos adversos

“São muitos os riscos envolvidos nesse procedimento que, basicamente, causa um dano às cegas na pele”, alerta Francine. Os efeitos adversos podem ir, segundo ela, de dermatites de contato e formação de manchas a até cicatrizes permanentes.

Pode ainda, de acordo com Paula, ocorrer a piora do melasma, queimaduras químicas e cicatrizes se o peeling não respeitar o tipo de pele de cada paciente.

Redução de riscos

A forma de reduzir efeitos adversos nesse tipo de procedimento é passar por uma entrevista médica cuidadosa, com a história detalhada do paciente, além do preparo adequado da pele antes e depois do procedimento, seguindo à risca  as orientações médicas após o tratamento, protegendo a área tratada do sol. 

Realizar o procedimento com um profissional capacitado e experiente também reduz riscos, segundo Francine, que explica que, hoje, os peelings vêm perdendo espaço para os lasers. “Eles podem entregar resultados mais acentuados, com maior previsibilidade, menor tempo de recuperação e melhor perfil de segurança, apesar de o peeling ainda ser boa opção para muitas queixas dermatológicas”, diz.

Cuidados

O procedimento do peeling químico só pode ser repetido, diz Francine, após a completa reepitelização do primeiro, ou seja, quando a descamação acaba e a coloração da pele melhora.

Além disso, deve-se evitar fazer o peeling junto a outros tratamentos estéticos como toxina botulínica e preenchimento com ácido hialurônico. “Isso porque o peeling promove uma reação intensa na superfície da pele e pode trazer problemas se o preenchimento ou a toxina forem feitas no mesmo dia”, diz Paula.

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