O verão traz dias ensolarados, a possibilidade de usar roupas leves, nos dá mais disposição para a prática de atividades físicas e de fazer passeios ao ar livre. Só que nem todos conseguem aproveitar bem esse período, como quem sofre com o inchaço em mãos e pés.
A explicação para a condição está em um mecanismo do próprio corpo. Alexandre Shiomi, cirurgião vascular do Hospital Santa Cruz, diz que isso acontece porque as altas temperaturas causam vasodilatação na circulação das regiões periféricas do corpo, causando o desconforto. “Além disso, como mãos e pés têm pouco tecido gorduroso, nos dias quentes os vasos sanguíneos dessas regiões se dilatam para dissipar o calor”, explica o especialista.
Para prevenir esse inchaço a dica é simples e nada complicada de incluir na rotina: hidratar-se bem. “Mas, também, é preciso se alimentar de modo correto”, alerta Shiomi. “A hidratação excessiva sem alimentação adequada pode trazer um estado de hiponatremia, condição em que o nível de sódio no sangue fica muito baixo. Isso só piora o edema (inchaço)”.
O especialista ainda recomenda o cuidado com o sol, principalmente nos horários de maior intensidade (das 10 às 16 horas) e incentiva a prática de exercícios físicos para evitar a obesidade, que pode influenciar no surgimento do inchaço nos pés e mãos.
Como remediar
Caso a prevenção não tenha sido suficiente para evitar os inchaços, Shiomi indica algumas medidas posturais para remediá-los, como elevar as pernas e braços, usar meias compressivas e até mesmo braçadeiras elásticas. Além disso, pode ser feito o uso de medicamentos com ação linfocinética e a drenagem linfática manual. “Tudo isso pode ser prescrito por um médico especialista na área de circulação, como um angiologista ou o cirurgião vascular”, cita.
E caso o inchaço persista por mais de sete dias e ocorra apenas em um membro (em uma das pernas, por exemplo), o cirurgião vascular Alexandre Shiomi explica que isso pode ser sinal de um problema mais grave, como o tromboembolismo venoso, que exige cuidados específicos. Nesse caso, deve-se buscar um especialista na área para o diagnóstico e tratamento precisos.