Depois de cinco décadas em ascensão, a expectativa de vida mundial ao nascer teve queda devido à pandemia de Covid-19. Se em 2019 ela era de 72,8 anos, em 2021 passou para 71, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre perspectivas populacionais em 2022 divulgado esta semana. As informações são da Agência Brasil.
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O decréscimo, porém, varia de acordo com a região. No centro e sul da Ásia e na América Latina e Caribe, por exemplo, a expectativa de vida caiu quase três anos entre 2019 e 2021. Já na Bolívia, Botsuana, Líbano, México, Omã e Rússia, as estimativas caíram mais de quatro anos entre 2019 e 2021. Da mesma maneira, houve exceções à tendência geral: na Austrália e na Nova Zelândia, a expectativa de vida subiu 1,2 ano.
Entre 2009 e 2019, a expectativa de vida mundial havia crescido nove anos. Agora, a ONU prevê que novas reduções na mortalidade resultem em uma longevidade média global de cerca de 77,2 anos em 2050.
Taxa de crescimento mundial
A pandemia também fez com que, em 2020, a taxa de crescimento mundial caísse abaixo de 1% ao ano pela primeira vez desde 1950. Mesmo assim, projeções indicam que a população atingirá a marca de 8 bilhões de pessoas, em novembro. Outras projeções recentes das Nações Unidas sugerem que a população global atinja 8,5 bilhões em 2030 e que ultrapasse 10 bilhões de habitantes em 2100.
Entre os motivos para esse crescimento populacional estão o declínio dos níveis de mortalidade, como refletido no aumento de níveis de esperança de vida ao nascer, e também a taxa mundial de fecundidade. Em 2021, a quantidade média de filhos por mulher foi de 2,3 — que representa queda de cerca de cinco nascimentos por mulher desde 1950. Já para os próximos 30 anos, a projeção é de que essa taxa diminua para 2,1 nascimentos.