Reunião de um comitê independente com o CDC divulgou novos dados sobre os problemas cardíacos e as vacinas de RNA| Foto: Bigstock
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Problemas cardíacos após a aplicação das vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna foram confirmados como efeitos colaterais raros e de recuperação rápida por um comitê consultivo independente para o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, CDC, em uma reunião realizada nesta segunda-feira (30).

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Além de ser mais comum após a segunda dose das vacinas, o comitê, de acordo com o jornal norte-americano The New York Times, destacou que o perfil das pessoas que tiveram esse efeito colateral foi, principalmente, meninos adolescentes e homens jovens.

A raridade, segundo os dados divulgados, foi de 14 a 20 casos de problemas cardíacos para cada um milhão de doses (segunda aplicação) administradas em pessoas dos 12 aos 39 anos.

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Benefícios superam riscos

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Mesmo entre os grupos "de risco", os benefícios da vacinação superam os possíveis efeitos colaterais cardíacos, e os dados divulgados nesta segunda-feira confirmam o que os especialistas vinham destacando.

Dados divulgados durante a reunião por representantes do CDC destacam os números da vacina da Pfizer. Para cada um milhão de doses administradas em meninos de 16 e 17 anos, poderia se esperar 73 casos de problemas cardíacos. No entanto, as mesmas doses preveniram mais de 56 mil casos de Covid-19 e 500 hospitalizações relacionadas à doença.

Com relação às diferenças entre os sexos, homens tendem a ter maior risco que as mulheres. Dados também da vacina da Pfizer indicam que, para cada um milhão de segundas doses aplicadas, houve 71,5 casos registrados de miocardites entre meninos de 16 e 17 anos. Já entre as meninas da mesma idade, foram 8,1 casos identificados.

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Sintomas

Os problemas cardíacos mais identificados foram a miocardite, ou a inflamação do músculo cardíaco, e a pericardite, inflamação da película que recobre o coração, o pericárdio. O sintoma mais comumente descrito é de dor no peito, que pode aparecer entre o terceiro e o quinto dia após a vacinação.

Caso os sintomas se apresentem após a infecção pela Covid-19, e não após as vacinas, é preciso atenção extra. Novo estudo publicado na revista científica New England Journal of Medicine, que avaliou a segurança da vacina da Pfizer/BioNTech, destacou o risco das miocardites associado ao imunizante, mas também da própria infecção.

"Neste estudo em um local de vacinação em massa nacional, a vacina BNT162b2 não foi associada a um elevado risco para a maioria dos eventos adversos examinados. A vacina foi associada a um risco excessivo de miocardite (1 a 5 eventos para 100 mil pessoas). O risco desse evento adverso potencialmente sério, e de muitos outros eventos adversos sérios, foi substancialmente aumentado após a infecção pelo SARS-CoV-2", destacam os pesquisadores. O artigo foi publicado no dia 25 de agosto.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]