CARREGANDO :)
Ouça este conteúdo
Estudos recentes comprovaram que idosos têm maior risco de contrair o novo coronavírus e apresentam mais complicações diante da Covid-19 com necessidade de internamento. Além disso, quanto mais avançada é a idade do paciente, maior a taxa de mortalidade – que chega a 8% entre pessoas de 70 a 79 anos e ultrapassa os 14% entre indivíduos de 80 a 89.
Por isso, a recomendação é que familiares estejam atentos ao comportamento dos avós neste período de pandemia e coloquem dicas importantes em prática para protegê-los. O geriatra e médico sanitarista Gilberto Berguio Martin cita quais são esses cuidados e explica como encaixar cada um deles na rotina.
CARREGANDO :)
- Afastamento social
Ainda que os avós façam questão de estar com a família, jogar cartas com amigos e participar dos bailes da terceira idade, esses eventos não são indicados durante a pandemia. “O idoso tem que se expor o mínimo possível ao ambiente externo, principalmente onde há concentração de pessoas”, afirma Martin, que também orienta o cancelamento de viagens para locais com circulação comunitária do vírus, como São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo. - Trocar visitas por ligações
O idoso deve evitar aglomerações de pessoas, mas não pode ficar completamente sozinho. Por isso, além de ter alguém saudável perto dele, é necessário que o restante da família se mantenha presente. “Essa é a hora de ligar e conversar pelo celular, Skype ou por chamadas de vídeo no WhatsApp que possibilitam ao idoso matar a saudade ao ver seus filhos e netos”, sugere o médico. - Ficar longe de pessoas com sintomas
É possível que algum membro da casa comece a tossir, sinta falta de ar ou fique com febre neste período. Claro que apresentar algum desses sintomas não garante que a pessoa esteja com a Covid-19, mas é sinal de alerta e, por isso, o paciente deve ficar longe do idoso. “Se afaste, não compartilhe objetos e até as roupas de vocês deverão ser lavadas separadamente”, orienta o especialista, que atua como professor de Medicina na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Londrina. - Manter uma alimentação saudável
Além de manter o isolamento, é importante fortalecer a imunidade do idoso. Para isso, o geriatra aconselha uma alimentação saudável com horários definidos e regulares. “O incentive a ingerir muitas frutas, verduras, legumes e proteínas como carnes, ovos, leites e derivados”. Além disso, é necessário manter os avós sempre hidratados com a ingestão mínima de dois litros de água por dia. “De preferência, até às 18 horas”. - Fazer atividades físicas
Com pouco espaço para realizar uma caminhada ou outro exercício em casa, a família precisará usar a criatividade para garantir que o idoso permaneça ativo no período de isolamento. Para isso, vale promover brincadeiras ou incentivar os avós a se movimentar pela residência. “Eles podem ir do quarto até a sala, da sala até a janela ou dar uma volta no quintal. O importante é evitar que fiquem sedentários”, aponta Martin. - Atentar para os cuidados de higiene pessoal
Também é importante lavar as mãos corretamente e com frequência, limpar com álcool em gel todos os utensílios pessoais do idoso e garantir que apenas ele tenha acesso a esses objetos. Além disso, o geriatra sugere horários regulares de banho para os avós, de preferência duas vezes por dia. “Lembrando que todas as pessoas próximas também devem manter os cuidados de higiene e evitar apertos de mão, abraços ou beijos”. - Manter o ambiente ventilado
Abrir as janelas e cortinas deve fazer parte da rotina de todos na residência, mesmo em dias frios. Por isso, assim que o idoso acordar, peça que ele ajude nessa tarefa para manter o ambiente arejado e livre do vírus. Além de ventilar a casa, os avós já começarão o dia se movimentando. - Garanta que as vacinas estejam em dia
De acordo com o médico geriatra, o idoso deve estar com todas as vacinas em dia. No entanto, as mais importantes neste momento são a da gripe e a antipneumocócica, oferecidas gratuitamente nas unidades de saúde do país. “Elas protegem o idoso de processos respiratórios que possam facilitar a infecção pelo novo coronavírus ou o agravamento da doença, então devem ser tomadas”, afirma Martin, ao lembrar que a campanha nacional de vacinação contra a influenza começa já na próxima segunda-feira, 23 de março. - Evitar idas desnecessárias a hospitais e unidades de pronto atendimento
Como esses locais costumam estar cheios e a chance de contato com doentes é maior, a preferência é procurar unidades básicas de saúde em casos de necessidade. “Mas, se for apenas uma consulta de rotina, desmarque”, orienta o médico. Já nas situações em que o idoso apresentar sintomas da Covid-19, a recomendação inicial é utilizar os serviços telefônicos que tiram dúvidas a respeito da doença em sua cidade. Depois, se for preciso apresentar-se na unidade de saúde, os avós devem aguardar no veículo. “O acompanhante é quem deve procurar os responsáveis e falar dos sintomas, enquanto o paciente espera a equipe ir atende-lo”.
Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
Publicidade
Publicidade