O Brasil tem, até o momento, dois casos de reinfecção confirmados pelo novo coronavírus. O primeiro, de uma profissional da saúde de 37 anos moradora de Natal (RN), foi divulgado na última semana. O segundo foi uma mulher de 41 anos moradora de Fernandópolis (SP).
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A reinfecção foi divulgada pela Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo nesta quarta-feira (16) e a confirmação foi feita pelo Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz, depois de feito o sequenciamento genético das duas amostras clínicas de um caso, até então, suspeito, identificadas pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE). As informações foram repassadas pela Agência Brasil.
A paciente da segunda reinfecção desenvolveu a doença, pela primeira vez, em junho. A nova infecção veio em novembro, 145 dias depois do primeiro diagnóstico. A paciente apresentou todos os critérios que foram estabelecidos em uma nota técnica do Ministério da Saúde para a confirmação de reinfecção.
No exame analisado pelo laboratório regional do Instituto Adolfo Lutz, o sequenciamento do genoma completo identificou que a paciente esteve em contato com duas linhagens distintas do coronavírus, justificando a reinfecção.
Uma delas foi constatada apenas e exclusivamente no Brasil. A outra foi verificada no Brasil, mas também nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Chile. Essa identificação foi possível a partir de uma comparação com outras sequências do vírus em um banco de dados online e mundial, o Gisaid (Global Initiative on Sharing All Influenza Data) – Iniciativa Global de Compartilhamento de Todos os Dados sobre Influenza.
58 casos suspeitos
Até o momento há 58 casos suspeitos de reinfecção pela Covid-19 que estão sendo investigados pelo Ministério da Saúde. Os suspeitos estão distribuídos em nove estados do país.
De acordo com levantamento do serviço de notícias BNO News, dos Estados Unidos, em todo o mundo há 1.713 casos suspeitos de reinfecção e, até o momento, 28 confirmados.
Apesar do número alto de suspeitos, a confirmação oficial depende de uma análise das duas amostras dos vírus que infectaram o paciente. E, devido às dificuldades de testagem, especialmente no início da pandemia, essas amostras das primeiras infecções nem sempre estão disponíveis.