A Rede Genômica Fiocruz divulgou novos dados sobre a situação das linhagens e variantes do vírus SARS-CoV-2 no Brasil, tendo em vista os resultados da vigilância genômica produzidos pela Rede e por outras iniciativas.
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De acordo com a publicação, se em dezembro a variante Ômicron representou 39,4% dos genomas sequenciados, em janeiro de 2022 esse índice chegou a 95,9%, sendo encontrada em todas as regiões do país. O relatório mostra que a Ômicron domina completamente o cenário epidemiológico da Covid-19 no Brasil.
Nas duas semanas (de 14 a 27 de janeiro) a que se referem os dados divulgados pela Rede, o Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz e unidades da Fundação em seis estados (Amazonas, Ceará, Pernambuco, Paraná, Bahia e Minas Gerais), que atendem outros estados, produziram 3.739 genomas. As informações são da Agência Fiocruz de Notícias.
A amostragem utilizada está baseada em dois pilares, um a amostragem representativa dos casos positivos para SARS-CoV-2 por teste RT-PCR em tempo real realizados em cada estado. Outro são as amostras de eventos inusitados identificados pelas vigilâncias locais.
Cinco em mil
Há atualmente mais de mil linhagens definidas do vírus SARS-CoV-2, mas apenas cinco foram identificadas como variantes de preocupação, com impacto significativo na saúde pública, devido a características como maior capacidade de transmissão e infecção, maior capacidade de escape de anticorpos ou uma combinação destas.
Os primeiros genomas da Ômicron no Brasil são de amostras do fim de novembro e ao término de dezembro a variante já era a mais frequente nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul. No momento, a Ômicron é classificada em quatro linhagens (BA.1, BA.1.1, BA.2 e BA.3). No Brasil, até o fechamento da nova edição do Relatório da Rede Genômica Fiocruz, foram identificadas as linhagens BA.1 (2.382 genomas), BA.1.1 (226 genomas) e BA.2 (1 genoma).