Um hospital ao sul de Moscou anunciou no site da instituição que recebeu doses da vacina Sputnik V, produzida pelo Instituto Gamaleya e pelo Fundo Soberano da Rússia, para serem aplicadas na população civil da cidade.
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A instituição, Domodedovo Central City Hospital, destaca que a vacinação será realizada via agendamento, e que a população deve trazer os resultados dos exames sorológicos (IgG e IgM) negativos para a Covid-19, além de documentos de identificação.
Nas últimas semanas, a vacina produzida pelos pesquisadores na Rússia ganhou destaque com os resultados preliminares de eficácia divulgados. Uma análise inicial dos dados mostrou que a candidata teve uma eficácia de 91,4%, depois de 28 dias da primeira dose. Após 45 dias, a eficácia superou 95%, depois da segunda dose, segundo informações do laboratório.
Fase 3 ainda não foi concluída
Os testes clínicos de fase 3, que avaliam o imunizante em milhares de pessoas para eficácia e segurança, ainda não foram concluídos.
Os resultados divulgados até o momento, de acordo com o instituto fabricante, ainda são preliminares e não foram publicados em revistas científicas, para a avaliação de outros pesquisadores. A vacina já tinha a aprovação do governo russo para uso na população local, em contexto de pandemia, desde agosto.
No site oficial da vacina, os fabricantes destacam que a vacina seria testada em diferentes países, como Emirados Árabes Unidos, Índia, Venezuela, Egito e Brasil.
Embora o instituto de pesquisa estivesse em contato com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) para dar início ao estudo de fase 3 no estado, até o início de novembro não houve o envio do protocolo de validação da pesquisa para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A expectativa era que o envio das informações ocorresse até o fim de setembro.
Há ainda uma parceria com a União Química para a produção da vacina no Brasil, mas sem maiores detalhes. E o governo da Bahia firmou parceria para a compra de 50 milhões de doses, após a aprovação da vacina pela Anvisa.