A hipertensão arterial atinge 31% dos adultos brasileiros. Em idosos, o índice aumenta para 60%. São milhões de pessoas no país que precisam fazer o controle da pressão arterial. Uma pesquisadora da USP concluiu que quem é casado ou está em um relacionamento estável tem mais chances de ser bem sucedido nesse quesito.
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O estudo foi realizado com 253 pacientes atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Depois de coletar as informações sobre escolaridade, características sociais, hábitos de vida e uso de medicamentos, a autora da pesquisa, Mayra Cristina da Luz Pádua Guimarães, concluiu que quem vive sem um companheiro se cuida menos. O time dos casados apresentou de duas a três vezes mais chances de conseguir controlar a pressão arterial.
Outra conclusão da pesquisadora foi constatar que 90% dos pesquisados fazem tratamento medicamentoso e que quase 70% estavam com a hipertensão sob controle, índice semelhante ao de países desenvolvidos. Em entrevista ao Jornal da USP, porém, ela admite que essa não é a realidade da maioria dos brasileiros.
Os hipertensos do estudo apresentavam, também, outras doenças, como diabetes e dislipidemia (níveis aumentados de gordura no sangue), que exigem medicação. Essa interação entre os remédios pode afetar a eficácia do tratamento. Mayra descreveu uma maior dificuldade no controle da pressão arterial de quem faz uso de diversos medicamentos.
Para Mayra é difícil atingir qualquer meta de controle da pressão arterial entre os brasileiros porque faltam estratégias que atinjam toda a população. Ela acredita que melhores resultados seriam conquistados se houvesse uma parceria entre pacientes, profissionais de saúde e o próprio sistema de saúde.