Empresa argumentou que as respostas imunes das candidatas foram inferiores às observadas após infecção natural e de outras vacinas.| Foto: Bigstock
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A farmacêutica Merck anunciou nesta segunda-feira (25) que está interrompendo o desenvolvimento de duas vacinas potenciais para o combate à Covid-19, V590 e V591. A instituição vai focar a estratégia de pesquisa em outros dois medicamentos experimentais, conhecidos como MK-4482 e MK-7110.

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A decisão segue a revisão da Merck dos resultados dos estudos clínicos de fase 1 para as vacinas. Nestes estudos, tanto a V590 quanto a V591 foram bem aceitas em geral, mas as respostas imunes foram inferiores às observadas após a infecção natural e às relatadas para outras vacinas contra o novo coronavírus.

"Somos gratos aos nossos colaboradores que trabalharam conosco nessas vacinas candidatas e aos voluntários nos testes", disse Dean Y. Li, presidente do Merck Research Laboratories, em comunicado à imprensa. "Estamos firmes em nosso compromisso de contribuir com o esforço global para aliviar o fardo desta pandemia nos pacientes, sistemas de saúde e comunidades."

Ainda que os estudos sejam interrompidos, a empresa destaca que submeterá os resultados de fase 1 das vacinas V590 e V591 para publicação em revista científica com a revisão por pares.

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Medicamentos em estudos

Sobre os medicamentos ainda em estudos, a empresa destaca dois: MK-7110 e o MK-4482.

O MK-7110 é um modulador da resposta inflamatória ao Sars-CoV-2. Nos resultados interinos do estudo de fase 3, a medicação demonstrou uma redução de 50% no risco de mortalidade ou parada respiratória em pacientes hospitalizados com quadros moderados a graves da Covid-19. Segundo a empresa, resultados completos deverão ser divulgados até abril de 2021.

Com relação ao MK-4482, ou molnupiravir, trata-se de um agente antiviral, administrado de forma oral, sendo desenvolvido em parceria com a Ridgeback Bio, empresa de biotecnologia norte-americana.

A medicação está sendo testada, no momento, na fase 2 e 3 dos estudos clínicos, em hospitais e em pacientes que não foram internados. As conclusões primárias deverão ser divulgadas em maio de 2021.

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