Estudo sugere que a vacina pode proteger contra as variantes identificadas primeiro no Reino Unido e na África do Sul| Foto: Wikimedia
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A empresa de biotecnologia Moderna afirmou nesta segunda-feira (25), em comunicado para a imprensa, que a sua vacina contra a Covid-19 manteve a eficácia ao ser usada contra as variantes identificadas, primeiramente, no Reino Unido e na África do Sul.

Para tanto, a empresa testou, em laboratório, se o soro de pessoas vacinadas com o imunizante da Moderna agiria contra as novas cepas identificadas do Sars-CoV-2. Nos resultados, os pesquisadores viram que, sim, havia uma atividade contra as variantes do vírus, nos testes in vitro, ou seja, em placas de vidro.

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"A vacinação com a vacina contra a Covid-19 da Moderna produziu títulos neutralizantes contra todas as variantes emergentes testadas, inclusive a B.1.1.7 e B.1.351, identificadas primeiro no Reino Unido e na África do Sul, respectivamente", destacou a empresa no comunicado. "Título" é o termo usado para descrever a quantidade, os níveis de anticorpos presentes.

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Maior ação

Ainda que a vacina tenha mostrado uma ação contras variantes, ela foi mais significativa contra a variante B.1.1.7. Já contra a variante B.1.351, os pesquisadores perceberam que houve uma redução de seis vezes na quantidade de anticorpos produzidos.

"O estudo mostrou que não houve um impacto significativo nos títulos neutralizantes contra a variante B.1.1.7 relativo à outras variantes. Uma redução de seis vezes nos títulos neutralizantes foi observada com a variante B.1.351, em relação às variantes anteriores. Apesar da redução, os níveis de título de neutralização com a B.1.351 permanecem acima dos níveis esperados para serem protetores", destacam.

O estudo da Moderna foi feito em colaboração com o sistema de saúde britânico e ainda será enviado para publicação em revista acadêmica. De acordo com a empresa, os resultados foram enviados para publicação na plataforma bioRxiv.

Outras medidas

Ainda que a vacina venha a ser capaz de proteger contra as variantes do Sars-CoV-2, a empresa anunciou que testará se uma dose a mais – o regime atual é de duas doses – aumentaria os títulos neutralizantes capazes de proteger contra novas cepas, além das já existentes.

A Moderna também destacou no comunicado que está avançando os estudos de uma vacina contra a variante B.1.351. "A empresa está avançando a vacina mRNA-1273.351 para estudos pré-clínicos e para a estudos clínicos de fase 1 nos Estados Unidos para avaliar o benefício imunológico do reforço com proteínas Spike específicas dessa cepa", explica.

A expectativa é que esse imunizante aumente a quantidade de anticorpos neutralizantes, dado em conjunto com a aplicação de outras vacinas, também candidatas contra a Covid-19.

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