Diretor da Anvisa negou que a autarquia possa passar por influências externas nos processos de avaliação de eficácia das vacinas contra a Covid-19| Foto: Bigstock
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Mais uma das vacinas contra a Covid-19 que está em fase avançada (Fase3) teve seus testes paralisados. Desta vez, a imunização em desenvolvimento pela Johnson & Johnson foi interrompida pelo surgimento de uma doença sem explicação em um dos participantes do estudo.

Segundo o portal STAT News, o ensaio clínico com 60 mil pacientes foi pausado após esse achado, e um comitê independente que zela pela segurança dos pacientes foi convocado a analisar a situação.

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A J&J confirmou a pausa no estudo, citando que a paralisação ocorreria devido a "uma doença inexplicada em um participante do estudo". A empresa se recusou a fornecer mais detalhes.

As pausas em ensaios clínicos não são incomuns, mas no caso do Covid-19, elas geram muita apreensão pela gravidade da doença que tem como a principal esperança a vacina contra o SARS-CoV-2.

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Vacina de Oxford

Em setembro deste ano, outro grande estudo para uma vacina contra a Covid-19, desenvolvida pela AstraZeneca e pela Oxford University, foi pausado devido a uma suspeita de reação adversa em um paciente no Reino Unido. O paciente desenvolveu uma mielite transversa e problemas na medula espinhal. Os estudos da vacina foram retomados cerca de uma semana depois no Reino Unido e em outros países, exceto nos Estados Unidos, onde ela ainda está em estado de espera.

No Brasil

Em agosto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou que o Brasil ingressasse no estudo da Johnson&Johnson, na Fase 3, com a estimativa de 7 mil participantes. Essa imunização foi a quarta, nesta fase, a obter autorização de testes no país.

Curitiba, de acordo com a Johnson & Johnson, ofereceria mil voluntários, com previsão de que as aplicações que fazem parte da terceira e última fase de testes da vacina tivessem início na primeira quinzena de outubro.

Retornando aos testes após a paralisação, se a eficácia e a segurança da vacina forem comprovadas, a expectativa é de que ela esteja disponível no início de 2021 para uso emergencial, afirma a empresa.

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