O impacto da pandemia do novo coronavírus na estrutura de saúde de todo o país refletiu no número de doações de medula óssea neste ano. De acordo com dados da Agência Brasil, em relação a 2019, houve uma redução de 30% nas doações.
As informações são do Registro de Doadores de Medula Óssea no Brasil (Redome), que identificou pouco mais de 136 mil novos doadores neste ano. Com relação às doações, foram registradas 1811 entre janeiro a junho de 2019 e, no ano seguinte, 1144 no mesmo período.
Embora as doações e os transplantes não tenham sido interrompidos durante o período da pandemia, foram impactados de alguma forma pela doença, que acabou exigindo mais atenção e recursos das estruturas de saúde do país. Houve também restrições de segurança aplicadas, descritas nas notas técnicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Como se tornar um doador de medula?
Para ser um doador de medula, a pessoa precisa atender alguns critérios, de acordo com informações da Agência Brasil:
- Ter entre 18 e 55 anos;
- Estar em bom estado geral de saúde;
- Não ter doenças infecciosas ou incapacitantes;
- Não ter câncer, doenças no sangue ou do sistema imunológico.
Os pacientes que vão receber as doações precisam estar inscritos e entrar em uma fila do Registro de Receptores de Medula Óssea (Rereme), do Instituto Nacional do Câncer (Inca), com autorização de um médico avalizado pelo Ministério da Saúde.
Logo que o paciente é registrado no Rereme, há a primeira tentativa de encontrar um doador compatível. Todos os dias o sistema refaz a busca, que gera um resultado preliminar dos possíveis doadores.
A busca também é realizada pela Rede BrasilCord, que armazena os dados de cordões umbilicais dos Bancos Públicos de Sangue e Cordão Umbilical e Placentário. Se não houver doador brasileiro, a equipe de registro realiza uma busca internacional.
Compatibilidade, gravidade, idade, tempo de espera, disponibilidade de doadores e de leitos são os critérios que determinam a prioridade na lista dos pacientes que recebem a doação.