No Brasil, quatro sorotipos são identificados, mas pegar dengue por mais de uma vez predispõe a casos mais graves.| Foto: Bigstock
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A dengue é mais prevalente no calor, em tempo úmido e em algumas regiões do Brasil, mas pode ocorrer a qualquer momento. É transmitida pela fêmea do mosquito aedes aegypti, mas também pelo aedes albopictus.

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Saiba mais curiosidades sobre a dengue com informações da infectologista Camila Ahrens, do Hospital Marcelino Champagnat e de Melissa Barreto Falcão, consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia.

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Sintomas clássicos

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Os principais sintomas da dengue são febre alta, dores musculares intensas, dores ao movimentar os olhos, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça, enjoos e vômitos. Podem aparecer manchas vermelhas no corpo e também causar prostração.

Como diferenciar da chikungunya

Muitas vezes, principalmente na fase inicial da doença, os diagnósticos de dengue e chikungunya podem se confundir, sendo o grande diferencial a intensidade da dor articular, que na chikungunya é intensa e incapacitante, muitas vezes atrapalhando atividades cotidianas como escovar o cabelo e abotoar a camisa.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]

Sempre é preciso ir ao médico

Quando há suspeita de dengue você deve logo procurar uma orientação médica, porque você pode fazer parte de um grupo de risco: cerca de 90% dos pacientes vão evoluir bem, mas 10% podem ter sintomas da dengue hemorrágica.

Como saber se a dengue se agrava

Na dengue há sinais de alarme como dor forte na barriga, vômitos persistentes e frequentes (3 a 4 nas últimas 3/4 horas), acúmulo de líquidos na barriga, coração e pulmão, sangramentos, inclusive na gengiva, urina e vagina, baixa de pressão, aumento do fígado ou concentração no sangue. Esses sinais exigem a ida à unidade de saúde e o início de hidratação e monitoramento por 48 horas. Casos graves impactam também o sistema nervoso central, com maior irritabilidade.

Importância da hidratação e de não tomar ibuprofeno

O tratamento da dengue é muito eficaz quando feito de maneira adequado, e isso é feito com hidratação em casa e pode vir a ser feita, depois, por via venosa. Se houver a suspeita ou o diagnóstico de dengue, não tome anti-inflamatório não-hormonal, como o ibuprofeno, que aumenta o risco de sangramento, agravando o caso. Na dúvida se é dengue ou outra doença febril aguda, procurar a unidade de saúde para o diagnóstico correto é fundamental.

Sem tratamento antiviral

Não existe um medicamento antiviral que age diretamente no vírus da dengue, tratam-se apenas os sintomas, com hidratação, remédios contra febre, dor, enjoo, para que melhore o mal estar. Podem ser usados remédios também para as lesões de pele causadas pelas coceiras.

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Quatro vezes na vida

Existem quatro sorotipos de dengue, de 1 a 4, sendo que prevalecem os tipos 1 e 2. Existe um quinto sorotipo, ainda não encontrado no Brasil. Após se infectar por um deles, cria-se uma imunidade permanente para ele, ou seja, essa pessoa não pode mais desenvolver a dengue por aquele sorotipo, somente por outros. Então, cada brasileiro pode, em tese, desenvolver dengue até quatro vezes na vida. O problema é que, a cada vez que você pega dengue é maior o risco de ter uma dengue hemorrágica. Por isso, a quem tem teve dengue é indicada a vacina.

Fim da febre, começo da preocupação

O período febril da dengue segue de 1 a 3 dias, quando pode haver desidratação. Depois, tem a fase de defervescência, que geralmente leva de três a cinco dias e que é uma fase crítica, que pode levar a um maior risco de gravidade, internação e mortalidade. O desenvolvimento de quadros graves só vai acontecer com a melhora da febre, podendo haver, então, a piora dos sintomas, o que exige atendimento médico imediato. Porém, a dengue costuma ser uma doença com evolução benigna, em que sem melhora em de 8 a 10 dias do início dos sintomas.

Sem transmissão entre seres humanos

A transmissão da dengue acontece pela picada dos mosquitos fêmeas dos aedes e não entre pessoas. Às vezes as pessoas se contaminam no mesmo ambiente, mas isso ocorre quando esse mosquito circula e pica mais de uma pessoa no mesmo ambiente.