Ao todo, no período, 13.718 ciclistas morreram em acidentes no trânsito. Mais da metade (60%) em casos de atropelamento| Foto: Pexels
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Entre 2010 e 2019, o número de atendimentos a ciclistas atropelados no Brasil aumentou 57%, de acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) e divulgado nesta segunda (31) pela Agência Brasil. No primeiro ano, foram 1.024 atendimentos, enquanto que em 2019 foram 1.610.

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O estado de São Paulo se destaca na lista, com 4.546 internações nos últimos 10 anos. Ele ocupa o primeiro lugar nas estatísticas, seguido de Minas Gerais, com 1.379 hospitalizações, e do Paraná, com 892 internações no mesmo período. Ao todo, foram quase 13 mil internações na última década de ciclistas que colidiram com motocicletas, automóveis, ônibus, caminhões e outros veículos de transporte.

Em questão de variação, os estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco tiveram um aumento mais significativo em relação ao restante do país. No primeiro, o aumento foi de 1.250% no número de internações entre os anos de 2010 e 2019. No segundo, foi 678% no crescimento. Em terceiro lugar, Minas Gerais sofreu aumento de 400%.

Até junho de 2020, dados do Sistema Único de Saúde (SUS) registravam pelo menos 690 internações de ciclistas neste ano.

Acidentes fatais

Ao todo, no período, 13.718 ciclistas morreram em acidentes no trânsito. Mais da metade (60%) em casos de atropelamento.

O isolamento social, decorrente da pandemia de Covid-19, não freou de forma significativa no número de acidentes. Em comparação a 2019, as internações tiveram uma redução de 13%, considerada baixa pelos responsáveis pelo estudo. De acordo com o coordenador do departamento de atendimento pré-hospitalar da Abramet, Carlos Eid, os acidentes em 2020 podem estar associados ao "aumento de velocidade e à imprudência, impulsionadas por este momento de menor fiscalização".

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O aumento nos acidentes reflete ainda uma mudança na forma de transporte da população brasileira, segundo Eid, em entrevista para a Agência Brasil. "Diversos fatores estimulam essa migração [dos carros e ônibus para as bicicletas], como o excesso de congestionamento nos grandes centros, o preço do combustível e o custo módico do veículo. Por isso, a bicicleta tornou-se opção competitiva de transporte, o que exige ainda mais nossa atenção".

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