Assistir a programas de culinária e, invariavelmente, correr para a cozinha não é algo que acontece apenas na casa de uma ou outra pessoa. Um estudo feito com 80 mulheres na Inglaterra confirmou o senso comum de que cozinhar, ou ver outras pessoas cozinhando, aumenta a sensação de fome e a quantidade de comida ingerida.
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Para chegar a essas conclusões, pesquisadores da Universidade de Surrey separaram as participantes em quatro grupos:
- As que prepararam a comida;
- As que assistiram a um vídeo de preparação da comida;
- As que receberam uma atividade não relacionada com comida, que era colorir;
- As que não tiveram que fazer nada, do grupo chamado 'controle'.
O alimento escolhido era um wrap, sanduíche feito com uma massa fina e recheado com uma variedade de alimentos – de alface e tomate a pedaços de carne ou frango. Todas as participantes tiveram o desejo por comer avaliado antes e depois da intervenção, que era comer o wrap.
Para avaliar a sensação de fome das mulheres depois do lanche, as participantes tinham que responder a algumas questões cujas respostas iam de: "eu poderia comer agora" e "eu não quero comer" a "eu estou pensando em comida".
Nos resultados, os pesquisadores perceberam que as mulheres que cozinharam ou que viram outras pessoas preparando o wrap acabaram consumindo mais o alimento, e relatavam maior sensação de fome, do que em comparação com as mulheres que faziam parte do grupo designado a outra atividade, colorir.
"O impacto disso depende do tipo de alimento que está sendo preparado. Se for um alimento com pouco valor nutricional, isso pode levar a um ganho de peso, e a uma alimentação não saudável. No entanto, se as pessoas estiverem preparando a própria refeição nutritiva ou vendo outros fazerem o mesmo, isso pode ser realmente uma boa influência, especialmente se eles estiverem cozinhando com as crianças, pois poderia incentivá-los a comerem mais alimentos saudáveis", explica Jane Ogden, professora de Psicologia da Saúde da Universidade de Surrey, e coordenadora do estudo, em entrevista para o site da instituição. Os resultados foram publicados na revista científica Appetite.