Com mais de 118 mil casos de coronavírus confirmado, em 114 países, e 4.291 mortes, segundo dados desta quarta-feira (11) da Organização Mundial da Saúde (OMS), muitas fake news são divulgadas e acabam confundindo as pessoas em relação às principais medidas de prevenção que são lavar as mãos com frequência e evitar contato próximo com suspeitos da doença.
Nesse cenário, o Ministério da Saúde compartilhou as principais fake news associadas ao novo coronavírus, cujo agente patogênico também é chamado por SARS-CoV-2 e a doença causada por ele é conhecida agora por COVID-19.
Confira abaixo algumas das mentiras mais comumente associadas ao novo coronavírus e evite disseminá-las para amigos e familiares ou conhecidos:
Produtos chineses não serão enviados ao Brasil? Fake
Não há nenhuma evidência, conforme alerta a pasta de Saúde, de que o vírus SARS-Cov-2 sobreviva em objetos que você, ou parentes e amigos, possa ter comprado da China. Logo, esses itens não trarão a doença. O vírus é transmitidos apenas entre humanos e não sobrevive mais de 24 horas fora de um organismo humano ou animal.
Já há uma cura para o coronavírus? Fake
Não há até o momento nenhum medicamento que cure o novo coronavírus. E nem médicos tailandeses encontraram a cura da doença em 48 horas, conforme uma das fake news disseminadas pelas redes sociais. As medidas de prevenção orientadas pelo Ministério da Saúde envolvem:
- Evitar contato próximo com pessoas com infecções respiratórias agudas ou quem apresentar os sintomas da doença;
- Lavar com frequência as mãos;
- Usar lenço descartável para assoar o nariz;
- Cobrir o nariz e a boca quando espirrar ou tossir;
- Evitar colocar as mãos no nariz, boca e olhos;
- Sempre lavar as mãos depois de tossir ou espirrar;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Evitar contato próximo com animais selvagens ou doentes de fazendas ou criações.
Ar no plástico bolha poderia conter o coronavírus? Fake
Na mesma categoria de “produtos que vieram da China contêm coronavírus”, uma das mentiras circulando pelas redes sociais alerta para o ar supostamente contaminado pelo vírus, que estaria preso no plástico bolha e seria liberado cada vez que alguém o apertasse.
Não há evidência nenhuma de que aquele ar poderia conter o coronavírus, visto que os vírus não sobrevivem, em geral, fora do corpo humano (ou animal) por muito tempo. Além disso, o tráfego desses produtos costuma levar dias.
Chá de abacate com hortelã previne o coronavírus? Fake
As únicas medidas de prevenção atualmente confirmadas são aquelas listadas acima (lavar as mãos, evitar contato com pessoas doentes, etc). Não há nenhuma comprovação, conforme alerta o Ministério da Saúde, de que o chá de abacate com hortelã teria qualquer ação de prevenção ao novo coronavírus.
Vale lembrar que, até o momento, não há medicamentos, substâncias, vitaminas ou alimentos específicos – e nem mesmo vacinas – que possam fazer a prevenção da nova doença.
Novo coronavírus foi criado em laboratório? Fake
A mensagem falsa é alarmante: o novo coronavírus teria uma estrutura semelhante ao HIV e, com isso, teria sido criado em laboratório. A descoberta teria sido feita por cientistas indianos.
Nada disso está correto, conforme orienta a pasta de Saúde do Brasil. Não há registros científicos que indiquem qualquer inserções semelhantes ao vírus HIV, causador da Aids, e nem que ele tenha sido desenvolvido em laboratório.
A pasta compartilha ainda que a revista científica Lancet fez a descrição de 10 sequências genéticas do novo vírus e demonstrou a semelhança com o vírus SARs (COV), tendo o morcego como hospedeiro original e os animais do mercado de Wuhan, na China, como hospedeiros intermediários.
Uísque e mel contra o coronavírus? Fake
Nem uísque e mel, nem óleos ou chás milagrosos. Vitamina C + zinco também não. Não há até o momento nenhum alimento ou medicamento, vacina ou substância, que cure ou combata o novo coronavírus.
As medidas de proteção, conforme listadas acima, são as únicas formas de prevenção confirmadas até o momento.
Coronavírus no Brasil? Verdade
Na quarta-feira (26), o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso do novo coronavírus no Brasil. Trata-se de um homem de 61 anos que viajou à Itália, um dos países da Europa com maior número de casos, no começo do mês de fevereiro. Depois de dois exames, a doença foi confirmada.
Há, até o momento, 20 casos considerados suspeitos no país, que estão sob monitoramento em sete estados: Pernambuco, Paraíba, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Outros 59 casos suspeitos já haviam sido descartados.