A partir de maio, o Brasil entra em uma nova fase de vacinação contra a Covid-19. Desta vez, fazem parte do grupo prioritário as pessoas com comorbidades, além das gestantes. Esses são públicos mais vulneráveis ao desenvolvimento de formas graves da infecção pelo coronavírus e, por tal motivo, estão na sequência da fila.
Siga o Sempre Família no Instagram!
Não são, porém, todos os brasileiros com hipertensão ou asmáticos, por exemplo, que se enquadram nas descrições das comorbidades listadas pelo Ministério da Saúde. O detalhamento de cada condição está descrita no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. Na edição mais recente, publicada no dia 28 de abril, o plano explica quais são os perfis dos cidadãos que se encaixam para receberem a vacina anticovídica dentro do grupo prioritário das comorbidades.
No caso dos diabéticos, por exemplo, qualquer perfil de paciente é elegível para a vacina, visto que o sistema imunológico é comprometido pela diabete. Ao entrar em contato com o coronavírus, há maior risco de agravamento da Covid-19.
Já os asmáticos, entram na lista apenas os que têm asma grave, que se caracteriza com o uso recorrente de medicamentos corticoides sistêmicos, internação prévia por uma crise asmática. Também, nem todo hipertenso será logo vacinado, devendo ser necessário cumprir determinados critérios bem específicos.
Confira abaixo os critérios associados a cada condição:
- Diabetes mellitus: Qualquer indivíduo com diabete;
- Pneumopatias crônicas graves: Indivíduos com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos, internação prévia por crise asmática).
- Hipertensão Arterial Resistente (HAR): HAR= Quando a pressão arterial (PA) permanece acima das metas recomendadas com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão ou PA controlada em uso de quatro ou mais fármacos antihipertensivos.
- Hipertensão arterial estágio 3: PA sistólica ≥180mmHg e/ou diastólica ≥110mmHg independente da presença de lesão em órgão-alvo (LOA) ou comorbidade.
- Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade: PA sistólica entre 140 e 179mmHg e/ou diastólica entre 90 e 109mmHg na presença de lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade.
- Insuficiência cardíaca (IC): IC com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association.
- Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar: Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária.
- Cardiopatia hipertensiva: Cardiopatia hipertensiva (hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo).
- Síndromes coronarianas: Síndromes coronarianas crônicas (Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós Infarto Agudo do Miocárdio, outras).
- Valvopatias: Lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico (estenose ou insuficiência aórtica; estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricúspide, e outras).
- Miocardiopatias e Pericardiopatias: Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática.
- Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas: Aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos.
- Arritmias cardíacas: Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; e outras).
- Cardiopatias congênita no adulto: Cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico.
- Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados: Portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas; e dispositivos cardíacos implantados (marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência).
- Doença cerebrovascular: Acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular.
- Doença renal crônica: Doença renal crônica estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e/ou síndrome nefrótica.
- Imunossuprimidos: Indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas.
- Hemoglobinopatias graves: Doença falciforme e talassemia maior.
- Obesidade mórbida: Índice de massa corpórea (IMC) ≥ 40, calculada pela divisão do peso pela altura elevada ao quadrado.
- Síndrome de down: Trissomia do cromossomo 21.
- Cirrose hepática: Cirrose hepática Child-Pugh A, B ou C.