Lutar contra os números alarmantes da obesidade infantil é um desafio para todos. Dados do Ministério da Saúde alertam que, dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS), três a cada 10 crianças, entre os 5 e 9 anos de idade, estão acima do peso. Isso representa 4,4 milhões de crianças, sendo que 2,4 milhões estão com sobrepeso, 1,2 milhão está com obesidade, e 755 mil se enquadram na chamada obesidade grave.
A pasta age contra a obesidade infantil focando em três medidas simples de serem incorporadas pelos pais: priorizar a alimentação saudável; incentivar as atividades físicas; favorecer brincadeiras que fiquem longe das telas, seja a tevê, celular, tablets e jogos eletrônicos.
Dentre as medidas que podem ser incorporadas de forma a melhorar a alimentação das crianças, uma sugestão é seguir as recomendações do Guia Alimentar para crianças brasileiras menores de dois anos, lançado em 2019 pelo Ministério da Saúde.
12 passos
Especialistas em saúde infantil indicam como ter uma alimentação saudável:
- Amamentar até os dois anos, ou mais, oferecendo apenas o leite materno até os seis meses;
- Alimentos in natura ou minimamente processados, além do leite materno, a partir dos seis meses;
- Água, em vez de sucos, refrigerantes e outras bebidas açucaradas;
- Comida amassada, e não triturada ou liquidificada;
- Não dar açúcar ou preparações com açúcar antes dos dois anos;
- Não dar alimentos ultraprocessados;
- Mesma comida para a criança e a família;
- Hora da refeição: momento de experiências positivas;
- Ver os sinais de fome e saciedade da criança;
- Cuidar da higiene;
- Alimentação saudável também fora de casa,
- Proteja a criança da publicidade de alimentos.
Macarrão e refrigerante
Cerca de 49% das crianças dos 6 aos 23 meses de idade consomem alimentos ultraprocessados, segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), de 2018. Além disso, 33% tomam bebidas adoçadas e 32,3% comem macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados.
Menos telas
Ainda em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou diretrizes para o uso de telas, como tevês, smartphones e tablets, pelas crianças. Bebês com menos de um ano não devem passar nem mesmo um minuto na frente desses dispositivos eletrônicos. Até os cinco anos de idade, o uso desses dispositivos não deve ultrapassar 60 minutos por dia.