Aquela que pode ser a primeira vacina totalmente brasileira, desenvolvida pelo Instituto Butantan e anunciada hoje, chamada de ButanVac, aposta em uma tecnologia que usa o vetor viral que contém a proteína Spike (responsável pela entrada do vírus na célula) do novo coronavírus de forma íntegra.
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Segundo o instituto, o vírus usado como vetor na vacina é o da Doença de Newcastle, uma infecção altamente contagiosa que atinge aves como galinhas, perus e patos, mas que não causa sintomas em humanos, sendo considerada uma alternativa muito segura na produção.
Por este motivo também o vírus se desenvolve bem em ovos embrionados desses animais, permitindo maior eficiência produtiva, em processo similar ao usado hoje na vacina da gripe (influenza), que já é feita no Butantan. O vírus é inativado para a formulação, o que facilita sua estabilidade e dá mais segurança.
Os testes em animais mostraram que a vacina demonstrou ser mais imunogênica, ou seja, desenvolveu resposta imune em organismos animais maior que em comparação a outras concorrentes no mercado, segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas.
Ele afirma que as vacinas do tipo Influenza, da mesma tecnologia, são muito baratas. “Entre todas as vacinas, são as mais baratas no mundo", disse ele, assinalando que o preço mais baixo também pode ser influenciado pela produção ser totalmente nacional, o que reduz custos logísticos e em relação ao câmbio.
Os testes clínicos de fase 1 e 2 devem começar em abril e durar de 45 a 75 dias.