No dia 14 de agosto, completaram-se seis meses desde que, oficialmente, a Covid-19 chegou ao território africano. Foi no dia 14 de fevereiro que o Ministério da Saúde do Egito confirmou que um cidadão chinês era a primeira pessoa infectada pelo novo coronavírus no país e, por extensão, em toda a África.
Entenda, em um minuto, como a batalha contra o coronavírus segue na África:
>> Quem terá a primeira vacina confiável contra a Covid-19?
Àquela altura, já se noticiavam também os primeiros casos na Itália, que, semanas depois, seria arrasada pela doença e passaria a acumular milhares de mortes. Se na Europa a pandemia teve efeitos devastadores, o temor era por uma tragédia ainda maior na África, continente mais pobre do planeta, palco de conflitos internos e que, em um passado recente, sofreu com outras epidemias.
Exatamente na data de seis meses do primeiro caso, o continente de 1,3 bilhão de habitantes somava mais de 1,2 milhão de infectados e 26 mil mortes causadas pela Covid-19.
*** Com atualização de 4/9 são agora 30.615 mortes e quase 1,3 milhão de casos oficiais.
É apenas o segundo continente com menos registros da doença, atrás apenas da Oceania. A título de comparação, o Brasil, um sexto desta população, tem o triplo de infectados e quatro vezes mais mortos.
País africano mais afetado pela pandemia até agora, a África do Sul, com pouco mais de 14 mil óbitos, tem um índice de mortes por milhão de habitantes inferior a Suécia, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, entre outros.
Coronavírus x África
Cientistas ainda estão em busca de respostas mais concretas, mas alguns fatores ajudam a entender o motivo da pandemia não ter sido tão avassaladora no continente africano como previam os especialistas: o fato de ter uma população jovem, a experiência adquirida no enfrentamento de doenças como o ebola, atuação conjunta entre os países e adoção de medidas mais severas no início da pandemia.