Manifestações na pele também são comuns e podem afetar quem teve infecção assintomática pelo novo coronavírus.| Foto: Bigstock
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Além dos sintomas já popularizados da Covid-19, como a tosse, febre e perda de olfato e paladar, a doença pode também se manifestar na pele e de diversas formas, segundo revisão sistemática de estudos científicos feita pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

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Erupções cutâneas, urticárias, manchas, lesões na pele como púrpura, necrose e lesões vasculares podem tanto indicar a doença como ser um efeito dela.  “Algumas são como manifestações do vírus e, outras, as mais tardias, são consequências, como problemas de vascularização e de coagulação, que acarretam sequelas na pele”, diz Camila Seque, responsável pela pesquisa e assessora da SBD. As informações são da Agência Brasil.

Alguns estudos apontam que de 8% a até 17% dos pacientes analisados tiveram lesões cutâneas três dias antes dos sintomas gerais da Covid-19. E os quadros de urticária são os mais relatados.

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Nos primeiros 15 dias

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As lesões de pele, segundo o estudo, aparecem em 6% a 10% dos casos e, comumente, surgem nos primeiros 15 dias após o início dos sintomas gerais, mas podem aparecer até quatro semanas depois. As manchas vermelhas e urticária costumam ser mais precoces, com início junto dos sintomas gerais ou nos dois primeiros dias. A especialista diz que lesões mais leves, como urticárias e erupções cutâneas podem aparecer em pacientes assintomáticos, do ponto de vista sistêmico. “Elas podem ser uma manifestação única da Covid-19”, revela.

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Sinais de que pode agravar

As manifestações vasculares, como manchas roxas nas extremidades de mãos e pés, púrpura e necrose são tardias, ocorrendo em geral após a segunda semana de infecção. Embora melhorem conforme evolua bem a infecção, em alguns casos elas podem se agravar, principalmente em ambiente hospitalar, podendo levar à necrose e amputação do membro. “Isso pode ocorrer em internados em UTI, intubados, idosos com comorbidades e que tomam muitos remédios. É todo um contexto já bem mais complicado”, diz ela.

Em relação ao tratamento, Camila afirma que, em geral, quando se trata a doença com as medicações para o quadro sistêmico, as lesões de pele acabam melhorando, acompanhando a melhora do quadro do paciente. Caso as manifestações cutâneas se tornem mais resistentes, isso pode exigir tratamento específico. “Mas, em geral, isso não é necessário”, tranquiliza.