A propensão a algumas comorbidades está no centro das mortes pelos cigarros eletrônicos, segundo análise realizada pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos. Até o início deste ano, por exemplo, haviam sido registrados 2.807 casos de hospitalizações pelo uso de cigarros eletrônicos ou vaping naquele país, com 68 mortes confirmadas.
Em relação a quem foi hospitalizado e sobreviveu, usuários de vape que morreram por lesão pulmonar causada pelo dispositivo tinham nove vezes mais chances de desenvolver doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e cinco vezes mais de terem hipertensão ou outra doença cardiovascular, disseram os pesquisadores. Também foram encontrados distúrbios psiquiátricos em dois a cada três pacientes que vieram a óbito pelo Evali (E-cigarette, or Vaping, product use–Associated Lung Injury), nome dado à condição causada pelo consumo do cigarro eletrônico.
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Segundo o CDC, as visitas ao atendimento de emergência tendo como causa o uso desse tipo de dispositivo vêm caindo desde o pico, em setembro de 2019. As razões para esta queda, segundo documentos, são multifatoriais e podem estar relacionadas à maior conscientização sobre os riscos do uso de produtos contendo THC, após alertas da saúde pública, a remoção do acetato de Vitamina E de alguns produtos (considerada a causa primária dos internamentos) e pelo aumento de ações policiais realizadas no intuito de reduzir a venda de produtos ilícitos.