O câncer de colo de útero é um dos que mais mata mulheres no Brasil. Na imensa maioria das vezes é possível evitar a doença e o melhor caminho é a vacinação.
Segundo o Inca, entre 2020 e 2022, o Brasil deve registrar 16.710 casos novos de câncer de colo de útero.
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Em sete a cada dez casos a doença é causada por dois subtipos do HPV, o papilomavírus humano. O vírus é transmitido em relações sexuais e causa lesões na vagina, no colo do útero, no ânus e também nos pênis. As informações são da Agência Brasil.
Uma das formas mais eficientes de evitar o câncer do colo de útero é vacinar crianças e adolescentes antes de terem contato com o HPV, ou seja, antes de começarem a vida sexual.
No Brasil, a vacina contra o HPV entrou no calendário do SUS em 2014. Podem ser vacinadas as meninas entre 9 e 14 anos e os meninos entre 11 e 14 anos.
A cobertura vacinal contra o HPV não é suficiente no país. Em 2020, menos de 6 a cada 10 meninas completaram o esquema vacinal tomando as duas doses da vacina. Para Flávia Miranda Corrêa, médica pesquisadora da Divisão de Detecção Precoce do Inca, é preciso combater as fake news e o preconceito.
Ela também defende que as campanhas de vacinação voltem a ser feitas nas escolas, além das unidades de Saúde.
A OMS estabeleceu como meta de eliminar o câncer de colo do útero, em todo o mundo, até 2030. Para isso, é preciso vacinar 90% das meninas até 15 anos, fazer exames preventivos em 70% das mulheres até 45 anos, pelo menos duas vezes na vida, e tratar 90% das mulheres diagnosticadas com lesões pré-malignas ou com câncer no colo do útero.