Além dos sintomas mais conhecidos da menopausa, como ondas de calor (ou fogachos), oscilações de humor e irritabilidade, há também um impacto no sono da mulher. Ainda durante a fase de transição, quando o organismo começa a reduzir a produção do estrogênio (principal hormônio feminino), as noites começam a ser afetadas pela insônia. As informações são da Agência Brasil.
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De acordo com Helena Hachul de Campos, médica e pesquisadora do Instituto do Sono e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a menopausa deixa as mulheres muito mais vulneráveis a ficarem acordando de noite. Isso porque o período aumenta a flacidez da bexiga – o que predispõe a idas mais frequentes ao banheiro – e favorece o surgimento da gordura no abdome, pescoço e a consequente apneia.
Dados do Instituto do Sono mostram que a cada centímetro a mais de circunferência abdominal, o risco do surgimento da apneia obstrutiva do sono cresce 5%. "Nesse período de pós-menopausa, elas têm os sintomas decorrentes da queda do estrogênio que é o principal hormônio que as mulheres perdem quando o ovário entra em falência, ou seja, quando chega ao final da fase reprodutiva", explica a médica.
O que fazer com a insônia?
Para amenizar os sintomas da menopausa, há diversas terapias que podem ser adotadas, de acordo com orientação médica. "Tem terapia hormonal, terapias alternativas, há fitoterápicos, não é preciso esperar ficar um quadro horrível. A gente tem que acompanhar todo ano [com as idas ao ginecologista] e ver o que está aparecendo", orienta a médica.
É importante que a mulher fique atenta aos sinais e que busque ajuda sempre que possível, para evitar complicações decorrentes das noites mal dormidas. "Se temos estágios de sono não completos, no dia seguinte aparecem a indisposição, déficit de memória e irritação", explica a especialista.
O sono não reparador também traz prejuízos à imunidade e favorece o ganho de peso. Algumas dicas para ter uma boa noite de sono são:
- Manter uma alimentação saudável;
- Ter horários definidos na rotina;
- Fazer atividade física com regularidade;
- Evitar ingerir café a partir do final da tarde;
- Ter um quarto silencioso e com pouca luminosidade;
- Não olhar e se preocupar tanto com o relógio;
- Evitar o uso do celular na cama;
- Não fazer refeições pesadas no jantar.
Sintomas precoces e tardios
A redução dos hormônios femininos se manifestam em sintomas tanto precoces quanto tardios. Logo que o ciclo menstrual se interrompe, os sintomas mais comuns são:
- Fogachos, ou as ondas de calor;
- Oscilações de humor;
- Irritabilidade.
Depois de alguns anos, surgem os sintomas tardios, como:
- Secura na pele;
- Secura vaginal;
- Acúmulo de gordura na região abdominal;
- Aumento do colesterol e do risco cardiovascular;
- Facilidade para ganhar peso;
- Alterações no metabolismo ósseo.