Chocolate é uma delícia, principalmente no friozinho, mas o que muitos não sabem – ou preferem esquecer – é que quando consumido de forma desregrada, o doce pode prejudicar a saúde.
Basicamente, o chocolate dos ovos e bombons que consumimos na Páscoa é constituído de açúcar, gordura vegetal e cacau. Os dois primeiros ingredientes são bem conhecidos, assim como as consequências de seu consumo exagerado no longo prazo: obesidade, problemas vasculares e diabetes. Já o cacau – a alma do chocolate – possui diversas substâncias benéficas à saúde, como os flavonóides, que atuam como antioxidantes e ajudam na saúde do coração.
Outro efeito positivo do cacau é favorecer o bom humor, uma vez que os flavonóides estimulam a liberação de endorfinas, neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar, e serotoninas, substâncias associada ao prazer.
Bebê alimentado com dieta “alternativa” morre aos 7 meses com apenas 4 quilos
Hoje, de acordo com uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os chocolates vendidos no Brasil devem ter pelo menos 25% de cacau em sua composição. Mas os especialistas sempre recomendam que se prefiram os chocolates com maior teor de cacau, como o amargo, que contém de 50% a 75% de cacau em sua composição ou o extra-amargo, com teor de cacau acima de 75%.
Em ambos os casos, o consumo diário recomendado é de até 30 gramas, o equivalente, em média, a um bombom. Já em relação ao chamado chocolate branco, ele não possui cacau em pó na sua receita, possuindo apenas gorduras (incluindo a manteiga de cacau) e açúcar.
Tudo de uma vez
Mas e quando as crianças – e mesmo os adultos – resolvem comer bem mais do que as 30 gramas num único dia, como normalmente ocorre na Páscoa, por exemplo? Nesse caso, o consumidor exagerado pode apresentar sofrer de intoxicação alimentar por causa do excesso de gordura e açúcar ingeridos.
Os sintomas mais comuns do problema são náuseas, refluxo, diarreia, dor no estômago e até dor de cabeça e irritabilidade. Pessoas que normalmente já têm problemas gástricos ou digestivos, além das crianças e idosos, são as mais afetadas.
Para aliviar esses sintomas, a recomendação é que a pessoa interrompa o consumo de chocolate e opte por uma dieta leve e rica em líquidos que deve durar alguns dias. No caso de crianças e idosos, o acompanhamento deve ser mais cuidadoso, pois a diarreia e vômito frequentes podem levá-los rapidamente a um quadro de desidratação.
Pets
Os chocolates também podem fazer mal aos pets da família, principalmente aos cachorros, que são sensíveis à teobromina presente no cacau. Embora cada cão responda de forma diferente ao consumo do doce, calcula-se que a ingestão de 100mg/kg de teobromina já possa causar intoxicação.
Restaurante vegano proíbe mãe de dar mamadeira a bebê por ser “leite de origem animal”
Os sinais iniciais do envenenamento incluem baba, náusea, vômito, diarreia e sede excessiva. Em casos mais graves, o animal pode apresentar sintomas neurológicos como dificuldade de coordenação motora, espasmos e até mesmo convulsões.
Se seu cão comer chocolate e apresentar esses sintomas, o ideal é levá-lo ao veterinário. Como não existe um antídoto para o envenenamento por chocolate, o tratamento é feito a partir de terapias para diminuir a quantidade de teobromina no organismo do animal e manutenção das funções vitais. Com o tratamento adequado, os sintomas desaparecem em poucos dias.
Gatos não são tão sensíveis ao chocolate, mas mesmo assim devem ficar longe do doce.
*****
Recomendamos também:
***
Curta nossa página no Facebook e siga-nos no Twitter.