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A vida de líderes evangélicos na fronteira norte do México tem sido colocada em risco. Entre as cidades mais afetadas pelo tráfico está Juárez, um dos pontos comumente utilizados pelos criminosos para levar drogas da América do Sul para os Estados Unidos. Recentemente um pastor mexicano que tem feito um importante trabalho de prevenção ao uso de drogas na cidade sobreviveu a um atentado possivelmente liderado por membros de tráfico de.

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O pastor que não quer ser identificado levou pelo menos seis tiros quando foi perseguido por alguns homens e felizmente sobreviveu. Anteriormente ele já havia sido agredido em sua casa por traficantes que estavam insatisfeitos com o trabalho feito por ele na região. “’Você não sabe com quem está mexendo’, me disse um deles. Mas quando o homem puxou o gatilho, a arma não funcionou e ele passou então a me bater”, contou.

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Segundo ele, o trabalho feito por pastores naquela região, no combate ao tráfico de drogas tem incomodado os traficantes. A informação é comprovada por Jorge Rodriguez, diretor de assuntos religiosos do governo, que explica que os grupos criminosos têm tentado combater especialmente a comunidade cristã. “Isso acontece porque eles são um povo de paz e em muitos casos os abusos não são relatados”, diz. “Temos casos frequentes de pastores e seus filhos sendo sequestrados”, completa.

Pastor é assassinado por causa de seu trabalho social

Em junho deste ano, por exemplo, outro pastor sofreu com a violência desse grupo, mas não conseguiu sobreviver. Eduardo García foi assassinado nove anos após o seu filho também ter sido morto em uma ação do cartel de Juárez. Além da morte do filho, Eduardo e a esposa tiveram de lidar com o sequestro da filha Griselda, 18 meses mais tarde. Para que ela fosse libertada o casal precisou pagar um resgate.

Mas foi a morte do filho Abraham que despertou em Eduardo e sua esposa o desejo de lutar contra este mal que tem amedrontado a população local. Eduardo, que era pastor da Igreja Vida Nova, liderou um movimento que buscava promover a paz não só em Juárez, mas em todo o estado de Chihuahua. Cultos nas ruas e nas igrejas, prestação de serviços, shows musicais e a distribuição de bíblias estavam entre as atividades realizadas por ele. O que a família não imaginava é que faria, mais uma vez, parte das estatísticas.

De acordo com a organização Portas Abertas América Latina, a população cristã é bastante afetada pela violência porque costuma promover trabalhos sociais que impedem o acesso aos jovens e adolescentes, pelo tráfico. “É uma ameaça direta às atividades e interesses do crime organizado porque tira a juventude deles e lhes tira o mercado”, comenta.

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