O cardeal Stanislaw Dziwisz, arcebispo emérito de Cracóvia e secretário pessoal de João Paulo II durante 39 anos, anunciou publicamente que considera dar início à causa de canonização dos pais do papa polonês, Emilia e Karol Wojtyla – o papa levava o mesmo nome de seu pai.
“Não há dúvida de que a atitude espiritual do futuro papa e santo se formou na família, graças à fé de seus pais”, disse o cardeal, em uma missa que presidiu na Paróquia Santa Ana, na cidade polonesa de Wohyn. “Eles poderiam se tornar um exemplo para as famílias modernas e padroeiros de nossas famílias [polonesas]”. João Paulo II foi papa de 1978 até a sua morte, em 2005, e foi canonizado em 2014 pelo Papa Francisco.
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Emilia Wojtyla, cujo sobrenome de solteira era Kaczorowska, nasceu em 1884 em Biesko-Biala, no sul da Polônia. Ela morreu quando o futuro papa tinha apenas 8 anos de idade, em 1929, devido a problemas no coração e nos rins. Karol Józef Wojtyla nasceu em 1879 no mesmo município. Capitão do exército polonês, ele morreu de infarto em 1941, quando seu filho mais famoso e xará tinha 21 anos. A essa altura, o casal já tinha perdido seus outros dois filhos, Edmund, que morreu de escarlatina aos 26 anos em 1932, e Olga, que morreu durante o parto, seis anos antes do nascimento de Karol.
Abrir o processo de beatificação estaria nas mãos de Marek Jędraszewski, que sucedeu Dziwisz como arcebispo de Cracóvia em janeiro de 2017. Isso porque os pais do papa morreram nessa arquidiocese – a mãe em Wadowice, cidade onde nasceu João Paulo II, e o pai em Cracóvia.
A Igreja Católica realizou recentemente, em 2015, a primeira canonização conjunta de um casal em sua história. Os franceses Louis Martin e Zélie Guérin também eram pais de uma pessoa canonizada antes deles: a monja carmelita Santa Teresa do Menino Jesus, que viveu entre 1873 e 1897.
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