O padre Marcelo Rossi, que completou 50 anos em maio, abriu sua casa para a reportagem da revista Veja, que em sua edição do dia 21 de junho publicou uma matéria sobre o renascimento pelo qual o padre passou nos últimos anos, depois de passar por graves problemas de saúde.
Veterano do rádio e da tevê, padre Marcelo decidiu ingressar com tudo nas redes sociais. Mesmo entrando tardiamente nesse mundo – seus perfis entraram no ar em 2016 – ele ultrapassou os 4,6 milhões de seguidores no Facebook, 635 mil no Instagram e 381 mil no Twitter. No Facebook, são mais de 20 milhões de interações (cliques, compartilhamentos, reações e comentários) por mês.
Com isso, seu público se renovou. Segundo o padre, a participação de fiéis de até 30 anos de idade em suas missas dobrou desde sua entrada nas redes sociais. “Voltei para o ataque”, disse à revista.
Outra parte da tática foram as mudanças em seu programa de rádio, que agora é transmitido em FM e vai ao ar à meia-noite, em vez de às 21 horas, “para conversar com os jovens, os solitários e os deprimidos”, de acordo com o padre.
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O renascimento é marcado também pelo sucesso de seu best-seller, Ágape, lançado em 2010. O livro já vendeu 10,3 milhões de exemplares e ainda tem fôlego para muito mais. Os livros lançados em seguida, Kairós, de 2013, e Philia, de 2015, venderam 3,5 e 2,3 milhões cada um.
Mesmo com os problemas de saúde que o sucesso de Ágape lhe ocasionou – o padre adquiriu tendinite e cifose atendendo fãs e autografando exemplares das 11 da manhã às 10 da noite –, ele já prepara o quarto livro da série, Metanoia.
Saúde
Padre Marcelo mora numa residência junto ao Santuário Mãe de Deus, na Zona Sul de São Paulo, há dois anos, acompanhado de seus pais e do bispo emérito, dom Fernando Figueiredo, de 77 anos. A construção do templo gigantesco, com capacidade para 100 mil pessoas, só foi possível com o trabalho do padre à frente da arrecadação.
“Eu estava hiperestressado, debilitado e deprimido”, contou o padre à Veja sobre o período em que se dedicou a divulgar Ágape. “Devia ter parado, mas, se parasse, o santuário parava também. Passei a me dopar com remédios para aguentar”. Foi nessa época que Marcelo alcançou 125 quilos e voltou a desenvolver outro problema na coluna, uma discopatia degenerativa, herança da juventude pré-sacerdotal, quando tomava anabolizantes para ganhar músculos.
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Mais problemas vieram em cascata, um após o outro. Um coquetel de remédios com o qual o padre se automedicou lhe brindou um problema grave no fígado que, por sua vez, fez com que os médicos vetassem os remédios para outros problemas, como a depressão. Depois vieram problemas intestinais e a anorexia, com a qual chegou a 67 quilos.
Para recuperar a saúde, padre Marcelo mudou radicalmente seus hábitos de alimentação, sono e higiene. Não come quase nada de carboidratos, cortou o queijo e evita o frango, devido aos anabolizantes. “Às vezes ainda olho no espelho e me acho horrível, cadavérico. Mas melhorei muito. Vou conquistar o peso ideal, faltam apenas 12 quilos. Só que não tenho pressa”, confessa o padre.
Com informações de Veja.
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