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A febre Pokémon Go invadiu o Brasil na semana passada e não são poucas as igrejas que, além de terem Pokémons em seu interior, sediam PokéStops, as paradas de abastecimento do jogo, ou mesmo ginásios de batalha. Muitas têm tido problemas com o fluxo de jogadores que acorreu aos seus pátios e templos em busca dos monstrinhos e algumas têm proibido expressamente o jogo nos limites do seu território. Outras instituições, porém, procuram ser amigáveis e estão buscando interagir com os jogadores. É o caso da Arquidiocese de São Paulo, uma das maiores circunscrições católicas do mundo.

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Nesse domingo (07/08), a Arquidiocese postou em sua página no Facebook quatro imagens ilustradas com Pokémons, orientando os fiéis e os jogadores sobre o uso do aplicativo em suas igrejas, com o título “Vai jogar em uma Igreja Católica?”. “Antes de jogar, dê uma olhada dentro da igreja. Se estivermos em missa, espere o fim para capturar ou treinar o seu Pokémon. Nesse intervalo, que tal participar da celebração?”, diz uma delas.

Outra imagem convida os jogadores a rezar por suas famílias e seus amigos durante a sua visita à igreja. A iniciativa os orienta ainda a respeitar o silêncio do local e evitar jogar enquanto é realizada alguma atividade no templo. Mas a Arquidiocese foi além: convidou os jogadores a tirarem fotos da igreja que visitarem e postarem nas redes sociais com a hashtag #PokemonGoIgrejaSP.

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“Acabamos de ter um grande encontro internacional dos jovens com o papa Francisco e não podíamos ignorar o fato de um jogo estar movimentando a juventude no entorno dos templos”, conta Rafael Alberto, secretário de comunicação da Arquidiocese. “Como fazer? Apostamos em propôr uma interação com esses jovens, sem criticá-los. O jogo está aí. É uma realidade. Os jogadores estarão nas igrejas. Então a ideia é propor que eles interajam com a comunidade para além do jogo”.

As reações foram de todo tipo. Houve pessoas tanto de dentro como de fora da Igreja que elogiaram a simpática abertura da Arquidiocese, mas houve também quem a criticasse, alegando que o jogo deveria ser simplesmente proibido dentro das igrejas. O post já recebeu mais de 1,3 mil curtidas e mais de 2,4 mil compartilhamentos. Rafael garante que a maioria das reações são positivas.

Na segunda-feira, a página da Arquidiocese começou uma série de publicações com reflexões do papa sobre a interferência da tecnologia digital na convivência humana. Em uma delas, que reproduz um trecho da mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2014, Francisco diz: “Não basta circular pelas ‘estradas’ digitais, isto é, simplesmente estar conectados: é necessário que a conexão seja acompanhada pelo encontro verdadeiro. Não podemos viver sozinhos, fechados em nós mesmos. Precisamos amar e ser amados. Precisamos de ternura”.

“A nova evangelização propõe justamente que a Igreja, mais do que abrir as portas, saia ao encontro das pessoas onde elas estão”, diz Rafael. “E as pessoas estão na rede, estão no Facebook, estão jogando Pokémon Go. Por isso estamos lá para levar a mensagem do Evangelho”.

Veja as imagens da campanha veiculada no Facebook:

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