São José dos Campos (Foto: divulgação)| Foto:

Depois do estado de Santa Catarina, é a vez de o Sempre Família publicar o ranking das melhores cidades para se viver no estado de São Paulo, com base no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). As listas atendem ao pedido de vários leitores que enviaram e-mails à redação ou deixaram comentários em publicações do site nas redes sociais.

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Para a construção da lista foram usados dados oficiais. A metodologia do índice foi adaptada do IDH Global pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pela Fundação João Pinheiro.

Basicamente, são levados em conta três itens: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). A partir dos cálculos de cada um desses fatores, se chega ao índice geral de IDHM, organizado no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, divulgado em 2013.

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Veja abaixo as 20 cidades paulistas com melhor desempenho no IDHM:

1) São Caetano do Sul

O município da região chamada de ABC Paulista, com cerca de 150 mil habitantes, está no topo das cidades com melhor IDHm no estado de São Paulo. O bom resultado se deve principalmente à renda per capita, que é R$ 2.043,74. Além disso, os índices de longevidade e educação também são bons, o que coloca o município não apenas como o mais bem colocado em nível estadual, mas também como a cidade com o maior IDHm no país, superando todos os outros 5.564 municípios brasileiros.

 

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2) Águas de São Pedro

Esta pequena cidade, de apenas 2.700 habitantes, já havia ganho destaque no ranking das melhores pequenas cidades do Brasil para se viver, publicado pelo Sempre Família, em março. Naquela lista, Águas de São Pedro ficou com o primeiro lugar. Quando se consideram todos os municípios paulistas, independentemente do tamanho da população, o índice de 0,854 garante à cidade uma ótima segunda posição, o que comprova a qualidade de vida de Águas de São Pedro.

 

3) Santos

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Com cerca de 420 mil habitantes, a maior cidade do litoral paulista tem IDHM de 0,840. De 2000 a 2010, o componente do índice no qual o município apresentou maior evolução foi a Educação, com crescimento de 0,093. Na Economia, Santos se destaca por abrigar o maior porto da América Latina, responsável por abastecer, principalmente, os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O turismo da cidade, naturalmente, também está vinculado às suas praias. Os jardins da orla de Santos formam o maior jardim frontal de praia em extensão do mundo.

 

4) Jundiaí

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Cidade a noroeste da capital paulista com cerca de 370 mil habitantes, Jundiaí apresenta IDHM de 0,822 e dispõe de índices positivos em itens que vão além de renda, educação e longevidade. Em levantamento recente do Instituto Trata Brasil, a cidade ficou com o primeiro lugar no ranking de cidades paulistas com melhor saneamento básico entre municípios com mais de 300 mil habitantes e segundo lugar no ranking nacional, perdendo apenas para Uberlândia, em Minas Gerais.

 

5) Valinhos

Conhecida como Capital Nacional do Figo Roxo, a cidade de Valinhos, na região metropolitana de Campinas, também tem se destacado na agricultura pela produção de goiaba, sendo a maior produtora do país. Trata-se de um município jovem, fundado em 1953. Tem em torno de 107 mil habitantes e IDHM de 0,819.

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6) Vinhedo

Município conhecido por abrigar um dos maiores parques de entretenimento do país, o Hopi Hari, Vinhedo tem IDHM de 0,817, índice puxado para cima, principalmente pelos índices educacionais. No ano passado a cidade recebeu o selo de cidade livre do analfabetismo. O município também se destaca pela produção de uva e pelos condomínios de alto padrão.

 

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7) Santo André

A cidade do ABC Paulista apareceu em outra lista recentemente publicada pelo Sempre Família. Ela é a quinta melhor grande cidade do país para se criar os filhos e deve isso em parte ao seu bom IDHM de 0,815. Com 679 mil habitantes, Santo André viveu o auge da indústria automobilística na região décadas atrás, mas, com a migração de várias montadoras para a o interior do estado, diversificou sua economia, apostando nos setores de comércio e serviços.

 

8) Araraquara

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Apresenta o mesmo IDHM de Santo André (0,815), mas fica um pouco atrás no item renda, o que coloca o município na oitava posição. A cidade está localizada na região central do estado, tem cerca de 224 mil habitantes e abriga um dos campus da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp). Há discordâncias quanto ao significado do nome da cidade. Uma versão o traduz do tupi com o significado “toca de arara”, mas há a hipótese de que a tradução mais precisa seja “morada do Sol”.

 

9) Santana de Parnaíba

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Com 0,814 de IDHM, o município que pertence à Região Metropolitana de São Paulo possui em torno de 123 mil habitantes. A fundação da cidade, em 1580, remonta ao início da colonização no Brasil, o que faz dela uma das mais antigas do estado. A longa história também deixou como herança um Centro Histórico bastante visitado, que reúne em torno de 200 casas e construções datadas dos séculos XVII e XVIII. Trata-se do maior conjunto colonial do estado.

 

10) Ilha Solteira

Estrategicamente construída para abrigar os trabalhadores da Hidrelétrica de Ilha Solteira, no fim dos anos 60, o município é exemplo de urbanização e oferece atendimento universal de água, energia elétrica e saneamento básico para seus 26 mil habitantes. A cidade também abriga um campus da Unesp no qual funciona um grande centro de pesquisa responsável pelo desenvolvimento de tecnologia elétrica. O IDH é de 0,812.

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11) Americana

Cidade pertencente à Região Metropolitana de Campinas, faz parte do polo têxtil do estado, tem em torno de 212 mil habitantes e apresenta IDHM de 0,811. O nome da cidade faz referência à imigração de famílias norte-americanas que vieram para a cidade no século XIX, após o fim da Guerra Civil nos EUA.

 

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12) São José dos Campos

Considerada a “capital” da região chamada de Vale do Paraíba, São José dos Campos fica à leste da capital paulista, tem cerca de 681 mil habitantes e apresenta IDHM de 0,807. No passado, o café foi o principal produto na economia local, mas, desde o início do século XX, grandes indústrias chegaram e mudaram o perfil do município. Hoje, estão instaladas lá fábricas como Johnson & Johnson, Philips, General Motors, Monsanto e Panasonic. A cidade também é o principal polo de tecnologia aeronáutica do país. Lá estão a sede da Embraer, o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

 

13) Presidente Prudente

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A principal cidade do oeste paulista tem cerca de 220 mil habitantes e recebeu esse nome em homenagem ao ex-presidente da república Prudente de Morais (1841 – 1902), que também foi o primeiro governador do estado de São Paulo. A economia do município já esteve centrada na produção de algodão, mas hoje é o setor de serviços o principal responsável por geração de riqueza na cidade. A vida cultural é movimentada com grandes eventos sazonais como o Festival Nacional de Teatro, o Salão do Livro, o Sushi Fest e a Expo-Prudente. O IDHM é de 0,806.

 

14) São Paulo

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A maior cidade de todo o Hemisfério Sul ficou com IDHM de 0,805. Fundada por padres jesuítas em 1554, a pequena vila foi crescendo gradativamente com o passar dos séculos, mas ganhou proporções gigantescas principalmente no século XX, devido à intensa industrialização. Calcula-se que 11,8 milhões de habitantes vivam nessa metrópole, quantidade superior à população de países como Grécia, Portugal, Uruguai ou Israel.

 

15) São Carlos

Com o mesmo IDHM da capital paulista, São Carlos só perde no quesito renda. Fica na região centro-leste do estado, tem população de aproximadamente 239 mil pessoas e tem na agropecuária uma de suas principais atividades econômicas, com destaque para a produção de cana de açúcar, laranja, leite e criação de frangos. Essa característica não impede, contudo, que grandes indústrias também funcionem na cidade, como a Faber-Castell, a Volkswagen e a Electrolux.

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16) São Bernardo do Campo

Mais uma cidade do ABC Paulista no ranking. São Bernardo do Campo é o berço do forte movimento sindical que deu origem a influentes líderes políticos, como o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. Desde a década de 50 a economia da cidade é movimentada principalmente pela indústria automotiva, como são exemplo as fábricas da Volkswagen, da Ford e da Mercedes-Benz.

 

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17) Assis

A cidade do oeste paulista com cerca de 101 mil habitantes também dispõe de um campus da Unesp, além de um campus de pós-graduação da Universidade de São Paulo (USP). O nome da cidade faz referência ao fundador, o capitão Francisco de Assis Nogueira, que atuou como desbravador da região no início do século XX. O IDH do município empata com os de São Paulo, São Carlos e São Bernardo, mas a cidade é superada no quesito renda.

 

18) Campinas

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Com 1,1 milhão de habitantes é o terceiro município mais populoso do estado, ficando atrás apenas da capital e de Guarulhos. Campinas é um centro econômico importante, mas ganha destaque ainda maior sua produção científica, graças à Unicamp, considerada por vários rankings como a segunda melhor universidade do país, sendo superada apenas pela USP. Embora não seja uma capital, tem sua própria região metropolitana, dada a influência que a cidade exerce nos 20 municípios que a circundam. Campinas possui o mesmo IDHM das outras quatro cidades citadas anteriormente, mas é superada nos itens educação e longevidade.

 

19) Rio Claro

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Localizada na região centro-leste do estado, Rio Claro tem 198 mil habitantes e IDHM de 0,803. A cidade foi colocada recentemente num ranking curioso. A Amazon, gigante norte-americana que comercializa livros pela internet, elegeu Rio Claro como a cidade mais nerd do Brasil. Isso porque, proporcionalmente à sua população, é o município para o qual o site mais enviou livros relacionados à saga Star Wars.

 

20) Bauru

Com 364 mil habitantes, Bauru é o município mais populoso do centro-oeste paulista e tem IDHM de 0,801. A fundação da cidade, em 1896, fez parte do movimento chamado Marcha para o Oeste, criado pelo governo de Getúlio Vargas para incentivar a ocupação e o desenvolvimento da região central do país. O nome da cidade tem origem indígena, mas não há consenso quanto ao significado. Uma das hipóteses traduz o nome do tupi para “queda d’água”, outra explicação sugere que Bauru é uma variação da palavra que se refere à “cesta de frutas”.

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